Brasília – O ministro do Meio Ambiente do Brasil, Joaquim Leite (foto acima), disse nesta segunda-feira (22) que o novo mercado global de carbono deve movimentar algo em torno de US$ 50 bilhões ao ano, sendo que a estimativa do governo é que US$ 10 bilhões sejam do carbono que o Brasil vai exportar.
Em entrevista ao programa de rádio A Voz do Brasil, Leite classificou a meta brasileira de atingir a neutralidade de carbono até 2050 como a maior ambição apresentada por países em desenvolvimento do G-20 no âmbito da 26ª Conferência sobre as Alterações Climáticas (COP26), que ocorreu em Glasgow, na Escócia, neste mês.
Ele afirmou que o Brasil teve papel importante no acordo que criou o mercado de carbono global, pressionando os países que queriam bloquear a negociação e esclarecendo pontos positivos a outros países. “A meta era essa mesma e nós conseguimos criar o mercado global de carbono. O Brasil será um exportador de carbono ao mundo”, concluiu.
Em acordo histórico, a COP26 criou o mercado de carbono global, a partir da sua regulamentação no texto final da conferência. A partir disso, os países poderão comercializar créditos de carbono entre si, num passo fundamental para fazer a transição da economia atual para uma de baixo carbono e dar freio ao aquecimento global.