São Paulo – A estrela do rock Mick Jagger doou uma guitarra assinada para apoiar o trabalho humanitário de combate à covid-19. A captação do instrumento foi feita pela brasileira Irma Alves, diretora da iniciativa luso-brasileira Fashion Inclusive Brazil, em apoio responsivo à covid-19 para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC, na sigla em inglês).
Segundo ela, os doadores foram Luciana Gimenez e Lucas Jagger, padrinhos do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que pediram a doação ao vocalista dos Rolling Stones. “Mick Jagger só faz doações de guitarra em resposta a catástrofes de grande magnitude, e agora essa é a guitarra da covid-19”, contou Alves à ANBA. Lucas Jagger é filho de Mick Jagger com a apresentadora de tevê brasileira Luciana Gimenez.
A guitarra vermelha e branca, em homenagem ao ICRC, é uma Fender Stratocaster e está avaliada em 800 mil euros, o equivalente a mais de R$ 5,2 milhões pela cotação atual. “Agora estamos tentando vender essa guitarra”, disse Alves. Segundo ela, a última guitarra doada por Jagger foi vendida por 400 mil euros em Mônaco.
“Já fizemos um leilão online e a realidade aqui é um pouco distante, Portugal está em crise e a guitarra não saiu, segue na leiloeira. Ela está avaliada em 800 mil euros aproximados, sendo que é negociável o valor entre 400 mil e 800 mil euros”, explicou Alves.
Ela afirma que guitarras semelhantes já foram vendidas para colecionadores árabes. “Inclusive uma sheika do Catar comprou uma guitarra assinada por Mick Jagger e Eric Clapton, entre outros artistas, em apoio à ajuda humanitária após o tsunami de 2005”, contou.
O Comitê da Cruz Vermelha, que tem sede em Genebra, na Suíça, vai receber a doação e, segundo Alves, deve redistribuir o dinheiro para países com maiores dificuldades, como países em conflito e com crises anteriores que se intensificaram com a pandemia de coronavírus.
Além da guitarra da lenda viva, Alves informou que uma instalação da artista portuguesa Joana Vasconcelos também foi doada com a mesma finalidade, para o combate à covid-19. A obra Flora, de 2014, é composta por azulejos Viúva Lamego, ferro contraplacado, crochê de lã feito à mão e LED e pesa 65 quilos. A instalação está avaliada entre 80 mil euros e 200 mil euros e o valor arrecadado também será doado ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
“Queremos divulgar para os árabes que essas peças estão disponíveis, porque eles costumam ser muito generosos com a filantropia e também tem muitos colecionadores de arte e instrumentos”, disse Alves.
O Fashion Inclusive Brazil é um canal de promoção cultural que envolve moda, arte, música e iniciativas de inclusão social, que tem como missão dar apoio a quem precisa de ajuda humanitária por meio de campanhas e parcerias, oferecendo suporte a organizações e outros projetos.
Os objetos estão à venda na leiloeira portuguesa Art Bid em Lisboa. Mais informações pelo e-mail filipe.aires@artbid.pt e pelo telefone +351 919 290705 e pela campanha de Alves no Linkedin.