São Paulo – Milhões de muçulmanos começaram a chegar à Grande Mesquita de Meca, na Arábia Saudita, neste domingo (25) para o maior Hajj desde 2019, antes da pandemia de covid-19, segundo notícia do site do jornal saudita Arab News com base em informações das autoridades do país árabe.
Em 2019, 2,5 milhões de pessoas participaram do Hajj. No ano seguinte, em função da pandemia, foi autorizada apenas a presença de 10 mil peregrinos, número que passou para 59 mil em 2021. No ano passado, a Grande Mesquita recebeu cerca de 899 mil pessoas, 779 mil do exterior, segundo a Autoridade Geral de Estatísticas saudita.
O Ministério do Hajj e Umrah da Arábia Saudita anunciou que neste ano dois milhões de peregrinos participarão, dos quais 200 mil que moram na Arábia Saudita e o restante virá do exterior. O fluxo, semelhante aos períodos pré-covid, marca um retorno gradual à normalidade da peregrinação.
Hajj é a peregrinação que os muçulmanos fazem até a cidade sagrada de Meca e um dos pilares do Islã. Trata-se de uma obrigação para seguidores da religião islâmica que tenham condições físicas e financeiras de fazer a viagem.
O Hajj tem uma série de rituais, como a chegada à Grande Mesquita; o movimento ao redor da Caaba, templo sagrado em formato de cubo construído por Abraão para adoração a um Deus único; o deslocamento para a região de Mina para ficar em tendas; além do ápice da jornada, que é a subida ao Monte Arafat, revivendo um momento de sermão do profeta Maomé, e outras atividades religiosas, como o apedrejamento simbólico a Satanás.
Os muçulmanos seguem o calendário lunar e por isso o início e o término do Hajj costumam variar. A peregrinação deve acontecer até o final desta semana, se encerrando com o Eid Al-Adha, a festa do sacrifício. O Eid Al-Adha marca o fim do Hajj e é momento de celebrações entre famílias e amigos, além de feriado nos países muçulmanos.