São Paulo – O grupo Alcoa colocou em operação nesta semana uma mina de bauxita em Juruti, no estado do Pará. A mina recebeu investimentos de R$ 13,4 bilhões e vai fornecer bauxita para produção de alumina na Alumar, complexo de produção que fica no Maranhão e no qual a Alcoa tem participação. A nova mina vai gerar 2,6 milhões de toneladas de bauxita ao ano, inicialmente, segundo informações da empresa.
A iniciativa é da Alcoa World Alumina and Chemicals (Awac), joint-venture entre a Alumina Limited e a Alcoa, na qual esta última tem participação de 60%. Além da mina, foram construídos, como parte do projeto local, uma ferrovia de 50 quilômetros para levar a bauxita até o porto, uma rodovia com a mesma extensão, também para transporte de mercadoria, e uma instalação portuária, além de uma planta de beneficiamento.
A empresa no Maranhão vai passar por uma expansão com o recebimento da bauxita do Pará, de 2,1 milhões de toneladas de alumina ao ano para 3,5 milhões. Na refinaria, com o aumento da capacidade, a Alcoa Alumínio e a Awac passarão a deter 54%. A empresa BHP Billiton terá 36% e a Rio Tinto Alcan 10%.
Na fase de pico da implantação do projeto, em outubro do ano passado, foram gerados 9.500 empregos. Foram movimentados, para o desenvolvimento do empreendimento, 28 milhões de metros cúbicos de terra, 55 mil metros cúbicos de concreto estrutural, 26 mil toneladas de estruturas metálicas e sete mil toneladas de trilhos.
O projeto foi desenvolvido para ser modelo, com várias iniciativas de inserção e benefício da comunidade local, além da preservação ambiental. As áreas de construção, por exemplo, foram recuperadas com técnicas de revegetação, além do plantio de 80 mil mudas de árvores nativas da região. Também, entre outras ações sociais, foi criada uma escola de sustentabilidade para treinar líderes locais para elaborar e buscar financiamento para projetos que beneficiem a comunidade.

