São Paulo – Com o seminário “Como Negociar com o Egito”, apresentado ontem (09), em Belo Horizonte, pelo cônsul comercial egípcio em São Paulo, Mahmoud Mazhar, os empresários mineiros puderam conhecer as oportunidades que existentes no mercado.
O evento, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) em parceria com a Câmara de Comércio Árabe Brasileira e com o Consulado Comercial do Egito, reuniu cerca de 20 empresas.
“Hoje precisamos aproximar mais as indústrias mineiras de outros países. Mesmo com as dificuldades, é preciso descobrir novos nichos de mercado”, afirmou o superintendente de Desenvolvimento da Fiemg, Carlos Eduardo Abijaodi. Segundo ele, a entidade vem buscando trazer países que apresentaram crescimento no comércio com o Brasil. “O Egito é um deles”, acrescentou.
De janeiro a agosto, as exportações brasileiras para o Egito somaram US$ 959,89 milhões, um crescimento de 10,4% em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com o superintendente, as vendas do estado ao país árabe não apresentaram aumento, mas o Egito é um mercado potencial para as indústrias mineiras.
Para mostrar esse potencial, o cônsul apresentou aos empresários dados econômicos do país, os atrativos para investimentos e as facilidades para usar o Egito como plataforma de exportação, já que o país tem diversos acordos comerciais com países africanos e europeus. Mazhar falou ainda das oportunidades de investimentos nos setores de turismo, têxtil, fertilizantes, gás, petróleo e petroquímico.
O cônsul deu exemplos de empresas brasileiras presentes no mercado egípcio e da joint-venture formada pela egípcia Electrometer, fabricante de medidores de energia elétrica, com a mineira Damp Electric, de engenharia e projetos elétricos. A Electrometer do Brasil, com sede em Sabará, recebeu investimentos de cerca de US$ 5 milhões e será visitada hoje por Mazhar e pelo secretário-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, que também esteve no seminário da Fiemg.
De acordo com Alaby, na tarde de ontem, o cônsul teve 15 encontros com empresários mineiros interessados em saber sobre as possibilidades de negócios nos setores têxtil, de softwares, moda, turismo, produtos descartáveis para médicos e hospitais e tecnologia da informação. “Os encontros foram válidos. O cônsul ficou muito satisfeito”, afirmou Alaby.
Comércio com Minas Gerais
As exportações mineiras para o Egito, de janeiro a agosto, somaram US$ 29,5 milhões, uma queda de 31% em relação ao mesmo período do ano passado. Açúcar, carnes, soja, ferro e café foram os principais produtos embarcados ao país árabe.
De acordo com o superintendente da Fiemg, o estado tem muito potencial para aumentar suas exportações no setor de alimentos. “Já exportamos muita carne e o setor de alimentos tem futuro”, disse Abijaodi, que também aposta nos setores de moda, cosméticos, jóias e bijuterias.