Rio de Janeiro – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou na sexta-feira que a balança comercial vai surpreender positivamente, quando o resultado de abril for divulgado nesta segunda-feira (02). Pimentel revisou para cima os números do comércio exterior brasileiro, mas não quis antecipar os dados.
Ele disse apenas que, entre os fatores que contribuíram para os resultados positivos do mês, estão os embarques de commodities [produtos básicos com cotação internacional], em especial, de produtos agropecuários. “A balança de abril está batendo recorde”, garantiu o ministro.
Ele defendeu uma redução do custo da energia no país, como forma de baratear a produção. Segundo ele, metade do preço da eletricidade é formada por impostos e taxas. “Uma grande preocupação do governo é o custo de energia e, brevemente, vamos ter que anunciar medidas que barateiem esse custo, especialmente para algumas áreas da indústria. O custo de energia é uma preocupação nossa. Temos que reduzi-lo. Não pode ser de uma hora para outra, nem com leviandade, porque impacta tanto a arrecadação do governo federal quanto a dos estados. Mas alguma solução terá que ser dada”, frisou o ministro.
Pimentel participou do Fórum Econômico Mundial da América Latina, na capital fluminense, ao lado dos governadores do Rio, Sérgio Cabral Filho, e de São Paulo, Geraldo Alkmin.
O governador Cabral concordou com a opinião de Pimentel, mas ressalvou que a desoneração da energia elétrica precisa ser implementada por meio de um pacto federativo, para não prejudicar os estados. “Eu acho uma ótima ideia. Precisamos fazer um grande pacto entre estados, municípios e governo federal, de uma forma que os estados não sejam prejudicados.”
Da mesma forma, Geraldo Alkmin se mostrou favorável à revisão da estrutura dos tributos que incidem sobre o preço da energia, para baratear a produção nacional. E fez um alerta: se a geração não aumentar, pode faltar energia para suportar o crescimento econômico brasileiro. “Primeiro, é muito importante aumentar a oferta de energia. Pois o Brasil crescendo forte, ela não só pode ficar cara, como pode haver falta. Mas isso [a redução no custo de energia] deve ser discutido no bojo da reforma tributária.”