São Paulo – Em dois dias de atividades em missão comercial na Argélia, a empresa brasileira Braseco se reuniu com cinco potenciais importadores de seus produtos. A visita deve gerar em torno de US$ 200 mil em vendas para indústrias. “Eu fui visitar um cliente com o qual já trabalho e ofereci chapa de fibra decorada e cru. Ele fechou, pois ainda não comprava esse produto especificamente”, disse Damaris Ávila da Costa, diretora da empresa.
A Braseco participa até o dia 31 de outubro da missão organizada pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A trading atua no ramo de materiais de construção como vidros, portas e janelas de madeira maciça, madeira serrada para construção civil, madeira compensada e chapadura, entre outros. “O primeiro dia de missão foi um bate papo com clientes. Ontem, recebemos três pessoas de empresas argelinas que compram portas e têm necessidades de mais material do Brasil. Foi um encontro para eu apresentar as empresas que representamos” afirmou Costa.
“Por minha experiência, é preciso ter muita paciência. Eu trabalho mais com matéria-prima. No caso de portas, o governo aqui está colocando restrição. Vários produtos têm barreiras de proteção, em especial os finalizados, manufaturados. A louça sanitária por exemplo, não vou conseguir vender aqui. Fica muito difícil a gente competir. Para os clientes da indústria, tudo bem. Os distribuidores estão enfrentando mais problemas”, contou a empresária.
Os principais concorrentes no ramo, segundo Costa, são os países europeus. “Eles (os argelinos) compram em grandes volumes, só que eles têm opções na Europa, com baixo frete, preço bom e com trânsito muito bom. Eu vendo MDF, mas o mercado está lotado. A Europa, Tailândia e a Espanha estão mandando produto para o Norte da África”, explica a profissional que tem 38 anos de atuação no mercado.
“Com relação à missão, em si, o que compensou foi a questão de estar no mercado e conhecer mais 5 clientes. Mais 5 possíveis importadores”, concluiu. No último dia de atividades, ela se planejou para visitar mais em clientes na cidade de Constantina. Um polo madeireiro, segundo ela.