São Paulo – o governo de Moçambique e o presidente da companhia saudita Radyolla Holding, Abdul Aziz, assinaram na quarta-feira (30) um memorando de entendimentos para construir uma refinaria e um oleoduto no país africano. O projeto existe desde 2008, mas foi suspenso devido à crise econômica. Segundo informações da Agência de Informação de Moçambique (AIM), a refinaria fará os custos dos combustíveis cair no país.
De acordo com o presidente do Instituto de Gestão de Participações do Estado de Moçambique (Igepe), Apolinário Panguene, a Radyolla tem a capacidade necessária para construir a refinaria e o oleoduto.
“O Igepe identificou um conjunto de projetos a serem implantados no país juntamente com outros parceiros, e a Radyolla tem a vantagem de ter vigor financeiro suficiente para nos ajudar a implantar este projeto”, afirmou. Panguene disse que Moçambique precisa executar outros seis projetos de infraestrutura que, no entanto, não estão tão desenvolvidos como este.
A partir da assinatura do memorando de entendimentos, a Radyolla e a Igepe irão avaliar os custos do projeto. Depois, deverão assinar o contrato de execução das construções e prazos para o começo das obras.
De acordo com o projeto do governo de Moçambique, a refinaria será construída em Nacala, na província de Nampula, no Norte do país. Já o oleoduto ficará no porto da Beira, na província de Sofala, na região central. Segundo Panguene, o oleoduto irá beneficiar outros países africanos, como Zâmbia, Malauí e República Democrática do Congo.
Segundo as informações da AIM, Moçambique gasta atualmente US$ 700 milhões por ano para importar e distribuir combustível já refinado. A Igepe prevê que a refinaria e o oleoduto farão o custo cair mais da metade, pois o país irá produzir e até exportar petróleo.

