São Paulo – O Instituto da Cultura Árabe (Icarabe) promove de 08 a 27 de agosto, em São Paulo, a 13ª Mostra Mundo Árabe de Cinema. Mais uma vez, o festival tem apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A programação conta com 24 filmes enquadrados em quatro eixos temáticos: Mundo Árabe, Diálogos Árabes-Latinos, Cinema Palestino e Cinema Franco-Árabe.
“São filmes que retratam as relações sociais e culturais no mundo árabe, que têm um olhar humanista, que falam de dramas humanos e que rompem com estereótipos”, disse Natalia Calfat, que integra o grupo organizador da mostra. “Este é o fio condutor”, acrescentou.
Nesse sentido, estão presentes nas produções temas como migração, refúgio, identidade, diálogo multicultural, troca, olhar do outro, empatia e integração.
Entre os destaques, Calfat citou “Wajib” (trailer abaixo), da cineasta e poeta palestina Annemarie Jacir, em que pai e filho distanciados têm que se juntar para entregar pessoalmente os convites para o casamento da filha/irmã, conforme o costume local. “É um filme bastante premiado”, comentou Calfat. Entre outros destaques, em 2017 Wajib foi premiado no Festival de Locarno, no Festival Internacional de Dubai e no BFI de Londres. A produção irá abrir a mostra no dia 08, às 19 horas, no Cinesesc. “A escolha se deu também pelo peso da cinematografia da diretora”, afirmou. (O texto continua após o vídeo)
https://www.youtube.com/watch?v=DXpZ4CyeYrw
“Insyriated” (“Insiriada”, em tradução livre, foto acima) fala de uma mãe que tenta manter sua família a salvo em meio à guerra na Síria com um atirador de elite postado na porta de sua casa. O filme é estrelado pela atriz Hiam Abbas, que recentemente interpretou Freysa, a replicante caolha de Blade Runner 2049, e atualmente integra o elenco da série “Succession”, em exibição na HBO. (O texto segue após o trailer)
“Assim que abro meus olhos” conta a história de uma jovem em meio à Primavera Árabe, na Tunísia. Esta produção já foi exibida em circuito comercial no Brasil, assim como o também tunisiano “A Amante”. “Paris, a Branca” fala de uma argelina que viaja à capital francesa em busca do marido que há muito partiu. O próprio título faz referência ao encontro de dois mundos, o francês e o árabe, pois “A Branca” é como é conhecida Argel, a capital argelina. (O texto segue depois dos vídeos)
Na seara árabe-latina, destaque para os documentários “A Palestina Brasileira”, de Omar Barros Filho, e “¡Yallah! ¡Yallah!” (“Vamos! Vamos!”, em tradução livre), dos argentinos Fernando Romanazzo e Cristian Pirovano, sobre futebol na Palestina. Estes diretores são alguns dos que vão participar de debates com os espectadores após a exibição de seus filmes. (O texto segue após os vídeos)
Também um documentário, “O Gosto do Cimento” (trailer abaixo), do sírio Ziad Kalthoun, acompanha refugiados sírios que trabalham na construção civil no Líbano.
“Naila and the Uprising” (“Naila e o Levante”, em tradução livre) é uma produção norte-americana dirigida pela brasileira Julia Bacha, um documentário que fala sobre ativista palestina Naila Ayesh, na Faixa de Gaza da década de 1980. (O texto termina após o vídeo)
Os filmes serão sempre exibidos no Cinesesc e no Centro Cultural Banco do Brasil, com exceção de “Boa Sorte Argélia”, que vai passar no Reserva Cultural no dia 26 de agosto acompanhado de café da manhã.
As entradas vão custar R$ 12,00 (inteira), exceto algumas do ciclo franco-árabe, que vão custar R$ 6,00.
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