São Paulo – Os produtores da Associação de Moveleiros de Rolim de Moura, em Rondônia, sentiram os reflexos da crise mundial quando pararam de receber pedidos do exterior no ano passado. Agora eles planejam retomar as exportações e, além da Europa, mercado já tradicional para o grupo, a idéia é buscar novas oportunidades nos países do Oriente Médio.
“Um dos nossos agentes já fez vários contatos com importadores árabes desde o ano passado. O Oriente Médio é um dos novos mercados onde pretendemos colocar nossos produtos”, afirma João Roberto Chagas, coordenador do grupo exportador, que, além de bancos de jardim, espreguiçadeiras mesas e banquetas, produz cabos de ferramentas com as sobras de serraria.
De acordo com o empresário, o grupo produz desde móveis para dormitório e salas de jantar de alto padrão, até beliches e bancos dobráveis de madeira. “Temos uma boa variedade de opções e condições de adaptar os produtos às exigências dos importadores”, garante.
Até hoje, os principais contatos com o mercado externo ocorreram durante feiras como a Fenavam, feira de móveis em São Paulo, e a Móvel-Sul, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. “A participação nesses eventos é fundamental para o crescimento das empresas.”
O setor moveleiro tem exercido importante papel na história de Rondônia, sendo um dos principais pólos de atração da região e grande gerador de postos de trabalho. De acordo com Chagas, as sete empresas da associação geram 400 empregos diretos.
Hoje, o exercício dessa atividade tem exigido uma abordagem baseada na sustentabilidade da matéria-prima, na responsabilidade social e na preservação da natureza.
Mas nem sempre foi assim. Entre os anos de 1960 e 1980, Rondônia atraiu milhares de imigrantes, principalmente da região Sul, estimulados pela distribuição de terras promovida pelo Governo Federal visando a ocupação da região.
O processo de povoamento acelerado trouxe impactos ambientais negativos, resultado da ocupação desordenada e da exploração indiscriminada dos recursos florestais. Tal modelo de exploração incentivou o surgimento de um grande número de indústrias madeireiras, produzindo e comercializando madeiras serradas.
A atividade exercida sem controle ao longo dos anos resultou na escassez de espécies nobres, provocando numa maior fiscalização por parte do governo e de entidades de preservação da natureza.
“Hoje existe uma preocupação real em explorar a atividade madeireira de maneira responsável. Nossos compradores querem saber a procedência da madeira e a garantia de que a extração foi legal”, afirma Chagas.
No mercado interno, além de abastecer as lojas do estado, as empresas da associação vendem principalmente para os estados do Rio Grande do Sul e São Paulo.
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