São Paulo – A Mubadala Development, braço de investimento do governo de Abu Dhabi e proprietária da Emirates Aluminium (Emal), fundição de alumínio criada no emirado, está executando um estudo de viabilidade para a construção de uma refinaria de alumina ao lado de sua fundição na Zona Industrial Khaleefa, em Taweelah, entre as cidades de Dubai e Abu Dhabi. A alumina é produzida a partir da bauxita e é um dos principais insumos para a produção de alumínio. A notícia é do jornal The National, de Abu Dhabi.
O estudo é feito em parceira com a Dubal, que opera no setor em Dubai. A Emal já é responsável pela construção da maior fundição de alumínio do mundo, em uma área de seis quilômetros quadrados na Zona Franca Industrial de Taweelah. Na primeira fase do projeto foram investidos US$ 5,7 bilhões e no projeto de expansão, com previsão para entrada em operação em 2014, devem ser investidos outros US$ 4,5 bilhões. Quando estiver completa a segunda fase, a empresa deve produzir 1,3 milhão de toneladas de alumínio.
A refinaria também fornecerá alumínio fundido para unidades de processamento da fábrica, reduzindo assim o custo do transporte do metal em blocos sólidos que são derretidos novamente. Segundo a revista MEED, de economia e negócios, o custo de uma refinaria pode alcançar US$ 1,5 bilhão.
Os países do Golfo continuam a investir fortemente na produção de alumínio em um momento em que muitas outras empresas que operam no setor ao redor do mundo cortam seus investimentos.
Recentemente a fundição saudita Arabian Mining Company, também conhecida como Ma’aden, assinou um contrato para a construção de uma refinaria de alumina na Eastern Province do país. A sul-coreana Hyundai Engineering & Construction venceu a licitação de US$ 1,5 bilhão para construir a unidade que terá capacidade de produção e 1,8 milhão de toneladas ao ano.
Ao mesmo tempo, outras indústrias do setor anunciam paradas de operação no setor. A Norsk Hydro, por exemplo, fechou as operações de sua fundição com capacidade de produção de 180 mil toneladas na Austrália devido ao baixo preço da commodity e às incertezas sobre o futuro do setor. A Rio Tinto, por sua vez, fez o mesmo com uma unidade no Reino Unido em março deste ano e cancelou seus planos para a construção de uma refinaria de US$ 2 bilhões na Malásia.
As seis maiores fundições de alumínio do Golfo produziram cerca de 3,1 milhões de toneladas do metal em 2010, ou 7% do suprimento global, segundo a consultoria internacional Deloitte. Mas este volume deve dobrar para 13% no futuro próximo com a entrada em operação dos projetos de expansão de usinas como a de Taweelah.
*Tradução de Mark Ament

