São Paulo – A Mubadala Capital, subsidiária da gestão de ativos do fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala Investment Company, irá investir R$ 500 milhões na Atvos, uma das principais empresas de etanol do Brasil, em troca de 31,5% do capital da companhia. Para que isso aconteça, o fundo FIP Agroenergia assumiu o controle da Atvos, e será responsável por abrir caminho para a chegada da Mubadala. Nesta segunda-feira (30), Giovanni Forace assumiu o cargo de CEO interino da companhia.
O investimento da Mubadala Capital deverá ser destinado para as áreas agrícola e industrial, com o objetivo de retomar a capacidade de produção da Atvos e superar a marca de 30 milhões de toneladas de moagem de cana-de-açúcar por safra. No ciclo passado, a companhia moeu 22,5 milhões de toneladas a partir das suas operações nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
“A Atvos é uma das principais empresas do setor sucroenergético e enxergamos uma alta capacidade de crescimento e transformação da companhia, seja nos aspectos operacional, financeiro ou socioambiental”, disse Forace, em nota. “Essa transição é um marco para a Atvos, pois coloca um ponto final sobre qualquer conflito societário e consolida a sustentabilidade do negócio em direção ao encerramento do seu processo de recuperação judicial”, declarou.
O novo controlador dará continuidade ao plano de negócios da companhia, buscando incrementar seus índices de produtividade, de forma a gerar mais segurança e valor para os acionistas, clientes, parceiros, colaboradores e demais públicos de interesse da empresa.
A Atvos é uma empresa de bioenergia, sendo uma das maiores produtoras de etanol do país. A partir da cana-de-açúcar, a companhia tem capacidade para produzir cerca de três bilhões de litros de etanol e 700 mil toneladas de açúcar VHP (bruto), além de cogerar aproximadamente 3,1 mil GWh de energia elétrica a partir de biomassa. A empresa tem mais de nove mil colaboradores.
Como um player relevante na geração de energia limpa e renovável, a empresa é uma das principais emissoras nacionais de créditos de descarbonização (CBIOs), tendo renovado a certificação do RenovaBio de todas as suas unidades agroindustriais até 2025. Ainda pela frente socioambiental, conta com o braço Energia Social, que apoia projetos voltados para temas como educação, cultura, saúde, segurança, meio ambiente e atividades produtivas nas comunidades em que atua.