São Paulo – A Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras) e o Ministério das Relações Exteriores promovem a quarta edição do curso O Mundo Islâmico: Sociedade, Cultura e Estado, de 07 a 11 de novembro, em Brasília. Este ano, o curso traz novos tópicos, que foram incluídos a pedido dos participantes das edições anteriores.
“Fizemos alterações significativas, incluímos a questão de gênero (o papel da mulher no Islamismo), que é muito perguntado, e por isso foi dado um tempo a mais [para falar do tema]. O halal também tinha um espaço pequeno e foi dado um tempo maior”, explica Ali Zoghbi, vice-presidente da Fambras e coordenador do curso, sobre as alterações da nova edição. O termo halal refere-se ao que é lícito na vida de um muçulmano, seja em questões de consumo ou de comportamento.
Zoghbi destaca também o quadro de professores desta edição. “Temos professores vindos do exterior, como a professora Rosa Guerreiro (da Sorbonne, na França), que vai falar sobre o Islã medieval. Temos também o professor Fernando Brancoli, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que vai falar sobre geopolítica e islamismo, e teremos ainda o depoimento de um advogado especialista em direitos humanos que transformou sua vida indo viver com refugiados. É um depoimento bastante contundente. Ele abriu mão de tudo e foi viver três meses na Palestina e no Líbano. Resolvemos colocar esta temática bastante interessante para fechar o curso”, detalha Zoghbi, referindo-se à participação do advogado Edgard Raoul.
No último dia do curso, Rubens Hannun, vice-presidente de Comércio Exterior da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, será um dos professores, com a aula Comércio e exportações para o mundo muçulmano. “A Câmara Árabe sempre nos apoia e o professor Rubens é uma parte importante desse curso. Ele dá uma palestra bastante interessante, com informações novas sobre marketing no mundo muçulmano”, destaca o vice-presidente da Fambras.
Os alunos do curso serão funcionários do Itamaraty e de outros ministérios e órgãos do governo federal, além de diplomatas de países sul-americanos que trabalham em Brasília e jornalistas. Zoghbi afirma que as últimas edições do curso mostraram que os participantes saem de lá mais preparados para lidar com os assuntos relacionados a países islâmicos. “Eles vão lidar com os temas que o curso aborda e vão ter uma bagagem muito maior para lidar com essas demandas do dia a dia”, aponta.