São Paulo – A trading Ramax negocia a exportação de carne bovina do Brasil à Síria a partir de contato feito na Feira Internacional de Damasco, que começou na última quinta-feira (06) e vai até sábado (15) na capital do país árabe. A empresa especializada em proteína animal integra estande organizado pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira e pela embaixada do Brasil em Damasco.
O sócio da Ramax, Rada Saleh (foto acima), responsável pelo Oriente Médio e Norte da África, disse que fechou com um importador sírio o envio de um carregamento de amostras com os principais cortes que a companhia fornece para a região.
“Vamos despachar para o importador sírio ver a qualidade da nossa carne e, assim, solicitar as licenças de importação para iniciar um projeto de substituição da carne bubalina da Índia pela carne bovina do Brasil, fornecida pela Ramax”, afirmou Saleh.
Ele contou que os sírios importam carne de búfalo da Índia “porque é mais barata”, mas a carne bovina brasileira “qualitativamente é bem superior”. “A carne do Brasil gera uma percepção de valor bem maior no consumidor sírio quando comparada a outras carnes”, destacou.
Se o negócio se concretizar, segundo Saleh, o importador sírio pretende começar a importar dois contêineres mensais. “Algo ao redor de R$ 1,2 milhão (US$ 300 mil) por mês”, declarou. “Nós já fizemos [embarques] de 12 contêineres por mês para a Síria antes da guerra. Conhecemos o mercado e acreditamos no potencial”, ressaltou ele, que tem longa experiência na área de exportação de frigoríficos brasileiros.
A Feira Internacional de Damasco voltou a ser realizada em 2017, após um hiato de cinco anos em função do conflito no país. A mostra é anual e multissetorial. “Ano que vem penso em ter estando próprio, além de participar com a Câmara Árabe também”, comentou Saleh, que recentemente se mudou do Brasil para o Líbano para atender a região.
Demandas
O diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, participou da abertura e dos três primeiros dias da feira. A entidade já participou da edição da mostra do ano passado.
De acordo com Alaby, nestes três dias o estande brasileiro recebeu mais de 110 contatos. Além da carne bovina, houve procura por café, açúcar, ferramentas, material de construção, máquinas agrícolas, e equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos.
Contato
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