São Paulo – A empresa brasileira de sucos Natural One já exporta para mais de vinte países seus produtos sem aditivos, corantes ou aromas artificiais e possui certificação halal em sua produção, na fábrica em Jarinu, desde 2018. Segundo o vice-presidente global da marca, Rafael Catole, o certificado veio devido à parceria com países de maioria muçulmana como Malásia e Indonésia.
“A China também começou a pedir a certificação halal por ter uma grande comunidade muçulmana”, informou Catole, que disse ainda que o selo garante a alta qualidade do produto.
Além de ser um sucesso de vendas no Brasil, os sucos da Natural One são vendidos – além dos países já citados – nas Filipinas, Singapura, Hong Kong, Japão e no Catar. “Estamos buscando oportunidades no Oriente Médio, especialmente nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita”, disse Catole. Na América Latina, os sucos já chegam nas prateleiras do Chile, Peru, Colômbia e em breve, Uruguai.
Os sucos são da categoria NFC, que significa que não são feitos a partir de concentrados (Not from concentrate). Além disso, as embalagens são fáceis de paletizar e em um contêiner cabem 25 mil litros do produto engarrafado, com sabores tropicais como laranja, manga, goiaba, uva, suco verde, além de pink lemonade, limão siciliano, entre outros. “São produtos de alta qualidade e prontos para o consumo”, disse Catole.
“Aqui em São Paulo estamos no cinturão citrícola e temos acesso rápido às frutas, e 70% do total de sucos é feito com frutas de produção própria”, disse Catole. Os sucos têm validade de dez meses.
Na produção, o suco é pasteurizado a 90 graus Celsius por 15 segundos e todo o restante da cadeia produtiva é refrigerada, e nos mercados, o produto também fica nas áreas frias. O maquinário alemão faz praticamente todo o processo, que tem supervisão humana e é inspecionado nos mínimos detalhes. Em minutos, o suco é engarrafado e embalado em embalagens de seis ou mais garrafas, em vários tamanhos, e organizado em pallets.
Há dois meses, a Natural One lançou quatro sabores de leite de aveia no mercado nacional, o natural, cacau, capuccino e frutas vermelhas. Eles pretendem vender também ao mercado externo.
O gerente de Marketing Gustavo Ribeiro recebeu um grupo de compradores e jornalistas árabes na visita à fábrica, junto com Catole, e a analista de Processos Gabriela Ferri fez o tour pela fábrica. A visita foi uma agenda paralela ao Global Halal Brazil, que termina nesta terça-feira (23).
Os estrangeiros estão no Brasil a convite do Projeto Halal do Brasil, que tem por fim promover a exportação brasileira de alimento halal com valor agregado e é levado adiante pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).