Da redação
São Paulo – A 34.ª feira internacional de supermercados, Expo Abras, encerrada hoje (16) nos pavilhões do Riocentro, no Rio de Janeiro, deverá gerar R$ 7 bilhões em negócios.
Embora com um número menor de visitantes, 36 mil, diante de 54 mil na edição de 2003, a feira manteve a mesma participação de supermercadistas, ao redor de 26 mil, que visitaram os estandes de 364 expositores, incluindo 27 países estrangeiros, especialmente árabes e orientais.
Os maiores negócios foram sustentados por fornecedores da área de equipamentos, como a Artok – Artefatos de Arame e a Eletrofrio, que retornou à Expoabras após quatro anos e teve seu estande muito procurado por empresários que planejam investir nas lojas.
"O fato de se manter a participação de supermercadistas na Expo Abras é um bom indicativo de que a feira continua mobilizando o setor. Somente o grupo Pão de Açúcar, por exemplo, trouxe todos os seus 108 compradores, de diversos estados, para negociar com fornecedores", disse João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Questionado sobre a realização da Expoabras 2005 no Rio de Janeiro, ou em São Paulo, Oliveira disse que esta decisão só será tomada após uma reunião da diretoria da Abras, daqui a duas semanas, para analisar os resultados da feira.
Vendas dos supermercados cresceram 1,19% até agosto
Durante a feira o presidente da Abras divulgou as vendas do setor supermercadista em agosto. De acordo com Oliveira, as vendas em valores reais, ou seja, deflacionadas pelo IPCA/IBGE, apresentaram queda de 2,06% em agosto, quando comparadas ao mês imediatamente anterior, e crescimento de 1,33% em relação ao mesmo mês de 2003. De janeiro a agosto, os negócios acumulam crescimento de 1,19%.
"Continuamos com um aumento das vendas neste segundo semestre e, possivelmente, teremos um crescimento entre 2% e 3% neste ano, em relação a 2003, recuperando parte das perdas do setor", analisou.
Apesar de o IBGE ter divulgado uma discreta melhora no poder aquisitivo das regiões metropolitanas (2%), o consumidor ainda não restabeleceu o seu poder de compra, que foi significativamente prejudicado no decorrer de 2003.
Neste contexto, o aumento das tarifas públicas, principalmente os reajustes efetuados na energia elétrica e telefonia fixa, afetaram negativamente as vendas do mês de agosto que, quando comparadas ao mês de julho, apresentaram queda de 2,06%.
Outra possível causa para esta queda relaciona-se às férias escolares, que aconteceram no mês de julho, quando os supermercadistas efetuaram uma grande quantidade de promoções, o que alavancou as vendas do setor.
No entanto, mesmo com a redução de vendas verificada em agosto, ainda se mantém um crescimento do setor (1,19%) no acumulado dos 8 primeiros meses de 2004.

