Isaura Daniel
São Paulo – A fabricante brasileira de cosméticos Niasi, com sede em Taboão da Serra, município do estado de São Paulo, está por fechar o seu primeiro contrato de comercialização com os Emirados Árabes Unidos. A venda é resultado da participação da empresa na 9ª edição da Beauty World Middle East – Gulf Beauty, feira do setor de cosméticos que ocorreu no final do mês de abril, em Dubai.
A Niasi produz 100 milhões de produtos ao ano, entre esmaltes, desodorantes, colorações para cabelo, xampus e condicionadores, em sua unidade fabril em Taboão. A mostra nos Emirados rendeu cerca de 100 contatos para a empresa, de acordo com o gerente de exportações, Marcos Stahl. "Foi grande o retorno da feira, enviamos muitas amostras e devemos fazer o nosso primeiro embarque até o final do ano", diz.
A entrada no país do Oriente Médio faz parte do esforço que a Niasi vem fazendo para ampliar os destinos das suas exportações. Os produtos já chegam aos Estados Unidos, Caribe, América Latina, Península Ibérica e Itália, na Europa, Turquia e os países de língua portuguesa da África. Agora, além do Oriente Médio, a fabricante de cosméticos está tentando entrar também no Leste Europeu, África do Sul e Ásia.
A indústria começou a vender fora do país há um ano e três meses e já tem 5% do seu faturamento atrelado ao mercado externo. Tanto que foi montado um departamento de exportação e negócios internacionais especialmente para atender a área. Mesmo com as vendas nacionais crescendo num ritmo de 15% nos últimos três anos, a companhia resolveu investir em outros países. "Recebíamos muitas solicitações de fora", diz Stahl.
O objetivo é ter 10% do faturamento atrelado às vendas internacionais já no próximo ano. De acordo com Stahl, a empresa investiu para aumentar sua capacidade produtiva e por isso está preparada tanto para vender mais no mercado nacional quanto para exportar.
O maior sucesso entre os artigos da marca comercializados no exterior é o esmalte. Os importadores dos Emirados, porém, têm demonstrado um interesse maior pelas colorações, de acordo com Stahl. Os produtos são voltados tanto para o varejo quanto para o uso profissional, em salões de beleza.
A meta é ter 15% das exportações voltadas ao Oriente Médio num prazo de três anos. O gerente de exportações garante que os produtos da empresa serão vendidos a preços inferiores aos similares que estão nas prateleiras do varejo dos Emirados Árabes Unidos. A primeira importação dos produtos da Niasi no país árabe será feita pela trading Arab Brasil.
Durante a Beauty World Middle East – Gulf Beauty, a Niasi contratou manicures brasileiras para pintar as unhas das mulheres que circulavam pela feira. Stahl conta que o serviço foi um sucesso e que cerca de 100 mulheres pintaram as suas unhas no estande brasileiro.

