São Paulo – De janeiro a novembro deste ano, o Brasil comprou 100,6% mais produtos árabes frente ao mesmo período de 2020. O aumento ocorre em um cenário de saldo ainda positivo para os brasileiros, com US$ 3,8 bilhões. Os dados foram compilados pelo Departamento de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Na foto acima, fábrica de alumínio na Arábia Saudita.
Entre os países que mais elevaram as vendas ao Brasil no acumulado do ano, o destaque foi Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita. O primeiro exportou 253,6% mais produtos aos brasileiros, principalmente itens como combustíveis minerais, alumínio, enxofre e fertilizantes.
Já os sauditas venderam 86,9% ao Brasil frente ao mesmo período de 2020. Os produtos em destaque foram combustíveis minerais, fertilizantes, plásticos e alumínio.
Já as exportações brasileiras com destino ao bloco árabe também cresceram, em 25,3%, assim como a corrente comercial, em 48,3%. Apesar do saldo seguir superavitário para o Brasil, houve queda de 33,8% frente ao mesmo período de 2020.
Os árabes permanecem na terceira posição entre os principais destinos das exportações do Brasil, atrás de China e Estados Unidos. Já no ranking de fornecedores ao bloco, o País ocupa a quinta colocação.
Segundo a análise da equipe de Inteligência de Mercado da Câmara Árabe, o momento tanto no Brasil quanto nos países árabes é de lidar com uma situação fiscal mais sensível. Para contornar o desafio, uma das opções apresentadas é empreender reformas que aumentem a atratividade econômica para investimentos, além de impulsionar a geração de oportunidades de negócios e empregos.