São Paulo – Os países do Norte da África crescem a nível insuficiente para enfrentar seus desafios econômicos e sociais, como a redução do desemprego e a abertura de vagas para os jovens. A informação foi publicada na agência de notícias africana Panapress e faz parte de um relatório do Escritório África do Norte da Comissão Econômica das Nações Unidas para a África (CEA).
Os países do Norte da África, que são Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Sudão e Tunísia, tiveram taxa de crescimento média de 4% ao ano durante a última década. No mesmo período, países da Ásia Oriental e do Pacífico tiveram crescimento de 8,5% e a Ásia de 6,5%, diz o levantamento.
Um dos caminhos para resolver o problema, sugere a CEA, é a diversificação e a melhora das exportações, com a venda de produtos de maior valor agregado. As exportações da região continuam sendo majoritariamente de matérias primas, cujos preços são instáveis no mercado internacional, informa o relatório.
Até esta quinta-feira (1) acontece em Rabat, no Marrocos, a 28ª Sessão do Comitê Interministerial de Peritos dos Países da África do Norte, com representantes das administrações públicas, organizações, setor privado, sociedade civil e especialistas. A diversificação das vendas externas e embarques de produtos com maior valor agregado é um dos temas discutidos como forma de transformar estruturalmente as economias da região. O encontro começou na terça-feira (26).
De acordo com a diretora do escritório reginoal da CEA, Karima Bounema Ben Soultane, que fez a abertura do encontro, o ano de 2012 foi marcado pela recuperação do impacto das crises políticas de 2011, com crescimento médio estimado em 2,3% após uma recessão de 0,1% no ano anterior. O ministro da Economia e Finanças do Marrocos, Nizar Baraka, também falou que o modelo atual de crescimento da região não é sustentável porque se baseia na exploração de recursos naturais.

