São Paulo – Um grupo com 213 militares da Marinha do Brasil tem desembarque previsto na próxima semana em Beirute, no Líbano, para trabalhar na missão de paz das Nações Unidas no país árabe. Eles estão atualmente em viagem na Fragata Independência, com a qual partiram do Rio de Janeiro em 28 de janeiro. A previsão de chegada é a quarta-feira (7).
<
O Brasil comanda a Força-Tarefa Marítima da Força Interina das Nações Unidas no Líbano desde 2011, e a cada seis meses troca a equipe de trabalho e também o navio utilizado. A Fragata Independência substituirá a Corveta Barroso, que atualmente integra a missão de paz, de acordo com entrevista da Marinha do Brasil à ANBA por e-mail.
Na prática, o Brasil lidera as operações marítimas de uma missão da ONU no Líbano, que tem como objetivo impedir a entrada, em território libanês, de armas ilegais e contrabandos, por meio de patrulhas navais em águas jurisdicionais libanesas. O País também presta apoio para a formação e o adestramento da Marinha libanesa, por meio de treinamento do seu pessoal. A meta é torná-la capaz de controlar suas águas territoriais.
Atualmente a missão brasileira no Líbano tem 183 militares. De acordo com a Marinha, a diferença do número de pessoas enviadas – 30 a mais na atual – se deve às especificidades dos navios. Mas a Marinha informa que apesar de serem de classes diferentes, ambos possuem as mesmas capacidades, ou seja, cumprem perfeitamente as atribuições de navio-capitânia (chefe).
Segundo a Marinha, a troca dos navios é feita por conta das necessidades de manutenção das embarcações, e no caso da equipe, para revezamento da tripulação. Além da tripulação do navio em si, a fragata leva para a missão fuzileiros navais, mergulhadores de combate, entre outros profissionais que desenvolvem atividades necessárias para a atuação no Líbano.
O grupo que viaja recebeu uma preparação específica, voltada para tripulações dos navios designados a compor a Força-Tarefa. A capacitação incluiu instruções exigidas pelas Nações Unidas. A Marinha também analisa as condições físicas e psicológicas dos militares. Os militares permanecem no navio durante toda a missão – nesse caso, até setembro deste ano.
<
Segundo a Marinha, os libaneses recebem de maneira extremamente positiva a presença dos militares brasileiros já que eles integram uma força de paz que contribui para a segurança na região. A Marinha afirma que a liderança exercida pelo País se deve à longa tradição de participação em missões de paz, tais como no Canal de Suez, Angola, Timor-Leste e Haiti.
“Nesse sentido, e por sempre defender soluções pacíficas para os conflitos com princípio fundamental de suas relações internacionais, a Marinha brasileira contribui desde 2011 para o trabalho desenvolvido no Líbano, atuando sempre no comando da missão de paz. Os militares que ora se deslocam para essa nova etapa têm por meta manter o padrão de atuação das Forças Armadas do Brasil”, informou a Marinha.
A Fragata Independência transporta nesta viagem 44 mil frascos de insulina doados pelo Brasil para a Organização Mundial da Saúde. De acordo informações da Marinha à ANBA, o material será utilizado para atendimento a refugiados sírios no Líbano.




