Alexandre Rocha
São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) e a Agência de Promoção de Exportações do Brasil (Apex) promovem de 3 a 13 de outubro uma missão comercial ao Golfo Arábico destinada a empresas interessadas em fornecer produtos para varejistas locais.
A missão, integrada por representantes da Apex, da CCAB e de 16 companhias brasileiras, vai passar pela Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuwait, visitando empresas que operam supermercados, lojas de conveniência e de departamentos, redes de padarias e restaurantes.
Segundo informações da Câmara, uma missão "precursora" identificou o interesse dos árabes em certos produtos brasileiros e, segundo avaliação da instituição, existem grandes chances de serem fechados negócios.
De acordo com a CCAB, o mercado de varejo na Arábia Saudita movimenta anualmente US$ 12 bilhões. Por lá serão visitadas a Al Aizizia Panda, empresa pública líder do setor de supermercados no país, com 46 lojas; a Giant Stores, proprietária de 11 supermercados na Arábia Saudita e outras lojas no Catar, Bahrein e Líbano; a Arabian Food, que atua no varejo, atacado, nos setores automotivo e de eletrônicos e ainda opera franquias de restaurantes; e a Danube, que tem sete supermercados e sete padarias.
Já nos Emirados, o varejo faz circular por ano US$ 2,65 bilhões e a média de crescimento anual do setor é de 5%. Lá os empresários brasileiros vão passar pela T. Choithram, rede que atua tanto no varejo, como no atacado e possui 26 supermercados nos Emirados, além de outras lojas no Catar e no Bahrein; pela Union Coop – Dubai, uma companhia estatal que tem sete lojas e pretende inaugurar outras três; pelo Emke Group, que trabalha com varejo, importação, produção e distribuição, atuando em 48 centros comerciais, como supermercados, lojas de departamentos e shopping centers, tanto nos Emirados, como no Catar, em Omã e no Kuwait; e pela Abu Dhabi Coop, que opera nove supermercados na capital dos Emirados e domina 60% do mercado de varejo por lá.
O Kuwait, por sua vez, é um grande importador. Segundo dados da Câmara, 90% dos produtos alimentícios consumidos no país vêm de fora. As empresas visitadas serão a Sultan Center, que trabalham no varejo, com importações, distribuição, restaurantes, telecomunicações e no ramo imobiliário, possui sete hipermercados, opera 50 lojas de conveniência, detém 15% do mercado de varejo no país e ainda atua em Omã e na Jordânia.
E ainda a Gulf Trading and Refrigerating Co., que é importadora e distribuidora de uma diversa gama de produtos; e a Union Coop Kuwait, que tem supermercados em todos os bairros importantes do pais, muitos dos quais funcionam durante 24 horas.
As brasileiras
O rol de empresas brasileiras que vão participar é bastante diversificado, dele constam a Altaiba Importações e Exportações, que lida com suco de frutas; a Aruba Calçados; a Bauducco; a Brumen, do ramo de lingerie; a Credeal, que produz cadernos escolares; a Garoto; a Comercial Guri que comercializa polpa de frutas congeladas e frutas frescas.
Da lista fazem parte ainda a Contente, que atua no ramo de higiene bucal; a ES Brazil, que vende frutas, café, óleo e farelo de soja; a IPEC – Indústria de Perfumes e Cosméticos; a Malharia Brandili; a Mate Couro, que vende refrigerantes; a Nasca Cosméticos; a Ric International Corporation, que lida com perfumes e cosméticos; a Terra Nova Importação e Exportação, uma trading; e a Theomagran Agropecuário Ltda.
Além dos encontros com empresários árabes, os brasileiros ainda vão visitar a feira do setor moveleiro Index, em Dubai, nos Emirados.