São Paulo – A Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras) e o Itamaraty promoveram ao longo da semana passada, no Instituto Rio Branco, em Brasília, o curso Mundo Islâmico: sociedade, cultura e estado, com apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira e do Instituto da Cultura Árabe (Icarabe). O evento de cinco dias foi voltado principalmente para diplomatas brasileiros que atuam em países muçulmanos.
“Nossa ideia era dar uma visão mais clara sobre o Islã, trabalhar melhor os estereótipos”, disse à ANBA o presidente da Fambras, Mohamed Zoghbi. “Nada melhor do que diplomatas que têm uma visão clara, isso é de suma importância”, acrescentou.
Os palestrantes deram informações sobre diversos temas ligados aos países muçulmanos. O vice-presidente de Comércio Exterior da Câmara Árabe, Rubens Hannun, por exemplo, falou sobre o mercado islâmico, dando detalhes do perfil do consumidor muçulmano e do que o atrai.
De acordo com informações da Fambras, a programação contou com Salem Nasser, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e presidente do Icarabe; Paulo Hilu, da Universidade Federal Fluminense (UFF); Mohamed Habib, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Hussein Ali Kalout, da Universidade de Harvard; Jamil Ibrahim Iskandar, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); entre outros.
“Apresentamos a leitura que a gente faz da política, dos costumes, da economia, da geopolítica, do direito e da história do Islã”, afirmou Zoghbi, que também foi um dos palestrantes.
Além de brasileiros que atuam em países islâmicos, Zoghbi disse que o curso contou com a participação de formandos do Instituto Rio Branco – que é a escola de formação de diplomatas do Itamaraty – e com diplomatas do mundo árabe, de outros países muçulmanos, da África e até da Rússia e da China.
Para ele, o resultado foi “excelente” e o Itamaraty estuda incluir parte do conteúdo abordado no currículo do Instituto Rio Branco, além de promover mais um curso do gênero no próximo ano. “Atingimos os objetivos”, ressaltou Zoghbi.


