São Paulo – Chega ao fim no domingo (24) a 5ª edição dos Jogos Mundiais Militares, no Rio de Janeiro. Ganhar medalhas é importante, mas não é o principal objetivo nesta competição, de acordo com o assessor do planejamento geral do comitê de planejamento operacional dos jogos, coronel Luiz Márcio Paes Barreto. O evento é organizado pelo Conselho Internacional do Esporte Militar (CISM) e seu objetivo, segundo o oficial, é promover a amizade através do esporte.
Promover a amizade tem um custo. De acordo com Barreto, o orçamento do Ministério da Defesa para este evento é de R$ 1,5 bilhão. E o retorno, diz o oficial, é “social e esportivo”. “Esse é o legado que esperamos deixar com a realização dos Jogos”, diz.
A primeira edição dos Jogos Mundiais Militares foi realizada em Roma, na Itália, em 1995. Em 1999 Zagreb, na Croácia, recebeu os atletas das Forças Armadas, Corpo de Bombeiros e policiais militares. Quatro anos depois, o evento voltou para a Itália e foi realizado em Catânia. Em 2007, Hyderabad, na Índia, foi o palco das disputas esportivas que, agora, são realizadas no Rio. A escolha da capital fluminense não foi à toa.
O Brasil disputou o direito de ser sede da edição de 2011 dos Jogos Mundiais com a Turquia. Venceu porque tem infraestrutura esportiva herdada dos Jogos Panamericanos de 2007, porque houve um comprometimento maior das autoridades brasileiras em receber os Jogos e porque o Brasil tem experiência em realizar grandes eventos. O Rio também será a sede das Olimpíadas daqui a cinco anos. “Os 5º Jogos Mundiais Militares fazem parte de uma cadeia de legados que começou com o Panamericano Rio 2007 e vai culminar com os Jogos Olímpicos Rio 2016”, afirma Barreto.
Todos os atletas são militares. Alguns, veteranos do esporte, se alistaram para competir. Eles recebem salários como militar para defender o Brasil nos Jogos Mundiais e poderão participar de eventos do tipo por até sete anos.
Com veteranos alistados e militares de carreira, o Brasil tem apresentado um bom desempenho nestes jogos. Nesta sexta-feira (22), o País se mantém em segundo lugar no quadro geral de medalhas, com 24 de ouro e 74 no total. Em esportes militares, como o pentatlo aeronáutico, o Brasil ganhou a medalha de ouro e bateu o recorde mundial da categoria. A prata ficou com a Turquia e o bronze, com os finlandeses. Neste esporte, os atletas precisam atingir pontos determinados enquanto pilotam aviões militares a 400 quilômetros por hora.
Entre os 14 países árabes, o melhor colocado até a tarde desta sexta-feira é o Catar, em 16º lugar. O país conquistou duas medalhas de ouro no atletismo (100 metros masculino e salto em altura masculino) e duas de bronze (3.000 metros com barreira masculino e também no taekwondo). O Bahrein está em 21º lugar, Marrocos em 33º, Argélia em 34º e Tunísia em 46º. A China lidera a classificação geral.