Rio de Janeiro – Duas instituições que desenvolvem projetos de preservação do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Sustentável tiveram seus trabalhos reconhecidos, neste domingo (24), no Rio de Janeiro, ao ser homenageadas com o prêmio Unesco Sultão Qaboos de Preservação Ambiental, entregue por Omã em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
As organizações laureadas neste ano foram a Endangered Wildlife Trust, da África do Sul, e o Diretório Geral para o Estado das Florestas, da Polônia. A organização sul-africana administra programas de proteção ambiental e atua em parceria com pequenas comunidades para que utilizem adequadamente os ecossistemas em que estão localizadas. Já a instituição polonesa tem a missão de garantir a utilização correta e não predatória das florestas do país europeu.
A distribuição do prêmio foi feita durante a cerimônia de abertura do 6º Fórum Mundial de Ciências (WSF, na sigla em inglês), que será realizado até o próximo dia 27 na capital fluminense, com o tema “Ciência para o Desenvolvimento Sustentável Global”.
Criado em 1989, o prêmio Unesco Sultão Qaboos de Preservação Ambiental entrega a cada dois anos, um certificado e uma quantia em dinheiro a instituições e pessoas que trabalham em defesa do meio ambiente. Já receberam a homenagem organizações do México, Equador, Sri Lanka, Noruega, Eslováquia, República Checa, Chade, Malauí e Etiópia, entre outras de 14 países. Neste ano, cada instituição vencedora receberá US$ 35 mil.
A ministra da educação de Omã, Madiha Ahmed Al-Shaibani, que deu o prêmio aos homenageados de 2013, afirmou que esta honraria é um “reconhecimento dos esforços daqueles que se preocupam com a sustentabilidade”.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, afirmou que homenagear o Diretório Geral para o Estado das Florestas é o “reconhecimento pelos esforços realizados em mitigar os efeitos das mudanças climáticas e por promover a difusão do conhecimento”. Sobre a Endangered Wildlife Trust, afirmou que a instituição se diferencia pela “confiança na preservação, nos treinamentos (que oferece) e pelos esforços em promover a educação (sobre os animais ameaçados).
À ANBA, a chefe de Pesquisa e Ciências das Endangered Wildlife Trust, Harriet Davie-Mostert, afirmou que ser congratulada com este prêmio mostra que a instituição está “no caminho certo da promoção da sustentabilidade e da preservação ambiental”.
Semana da ciência
Antes da distribuição da congratulação, o presidente da Associação Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Pális, e o presidente da Academia Húngara de Ciências, Jozséf Pálinkas, abriram a 6ª edição do WSF, que pela primeira vez é realizado fora da Hungria. Até a próxima quarta-feira (27), mais de 600 cientistas irão discutir em diversas assembleias, reuniões e sessões plenárias como o conhecimento científico pode ajudar a preservar o meio ambiente e os recursos naturais. Um dos principais temas que serão discutidos é a redução das desigualdades sociais como forma de promover o desenvolvimento sustentável.
Da abertura do WSF participaram o vice-presidente do Brasil, Michel Temer; o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, e o vice-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, além de Bokova e da ministra da Educação de Omã.
Temer, em seu discurso, disse que o tema do Fórum deste ano oferece aos cientistas a oportunidade de relacionar o conhecimento técnico à realidade social de muitas pessoas. “O que será discutido (no Fórum), poderá ser levado e implantado em outros países. Vamos conectar as ciências exatas com as ciências sociais”, disse o vice-presidente brasileiro.
O WSF é realizado a cada dois anos, mas nunca tinha deixado a Hungria, onde foi criado. A partir do evento deste ano, as edições do Fórum serão realizadas alternadamente na Hungria e em outro país escolhido pelos cientistas. Pálinkas anunciou durante a cerimônia que a Jordânia irá receber o evento em 2017 (a próxima edição, em 2015, será promovida pelos húngaros).


