São Paulo – Um projeto industrial de Omã voltado ao setor de plásticos está buscando empresas brasileiras interessadas em se instalar e produzir no país árabe. Delegação do Ladayn Polymer Park cumpre agenda na capital paulista nestas segunda-feira (18) e terça-feira (19) para reuniões com representantes de empresas com potencial para se estabelecer no parque. O grupo foi recebido por lideranças da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, que auxilia a delegação na conexão com companhias e associações brasileiras.
Segundo disse para a ANBA o head do Ladayn Polymer Park, Mundhar Al Rawahi, o objetivo do parque é atrair indústrias de transformação para que, a partir de matérias-primas de empresa OQ, de Omã, fabriquem localmente produtos acabados de plásticos e os vendam no mercado interno do país e na região. “Fazendo isso nós reduzimos a importação do produto acabado de plástico, o que impulsiona a economia de Omã, criando mais empregos para os omanis e atingindo as metas da Visão 2040”, disse. A Visão 2040 é uma estratégia adotada pelo governo de Omã para o desenvolvimento econômico e social do país.
O trabalho de apresentar o parque vem sendo feito em vários países e não por acaso o Brasil está no roteiro. Rawahi explica que o que motivou a escolha foi, primeiramente, o grande número de indústrias de transformação de plásticos que há no Brasil. “Também acreditamos que será uma oportunidade para empresas brasileiras abrirem o mercado da região do Oriente Médio e obterem benefícios dos nossos acordos de livre comércio”, disse, citando acordos do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, na sigla em inglês) e dos países árabes, além da proximidade de mercados como China, Índia e Paquistão.
Entre os benefícios oferecidos, ele lista as facilitações para uso de insumos, pela proximidade do fornecimento e os preços oferecidos, e para a obtenção dos terrenos, que podem ser na área industrial Madayn ou na Sohar Freezone, próximas. “Provemos um pacote de incentivos para todos os investidores”, diz Rawahi. Segundo ele, Omã também é conhecida pelo baixo custo de serviços como eletricidade e água, tem estrutura de taxas muito simples e algumas isenções para investidores.
O conceito do Ladayn Polymer Park foi criado há cerca de um ano e meio e desde então a iniciativa já atraiu 16 investimentos, o que é considerado um sucesso para a região, segundo Rawahi. Entre essas empresas, duas já estão produzindo e as demais estão em diferentes etapas da instalação. O projeto foi criado como uma joint-venture entre várias entidades de Omã, a maior parte governamentais, e a OQ, com as facilitações do Ministério do Comércio, Indústria e Promoção de Investimentos do país árabe.
Na Câmara Árabe
Na Câmara Árabe, o grupo foi recebido pelo presidente Osmar Chohfi, o secretário-geral e vice-presidente de Relações Internacionais, Mohamad Orra Mourad, e a analista de Relações Institucionais, Elaine Prates. Acompanhavam Rawahi as gerentes de Desenvolvimento de Negócios, Sheikha Al Rahbi e Hayat Al Ghassani, e o consultor Abduallah Al Saidi. O grupo também teve reunião com a head de Consultoria Internacional da Câmara Árabe, Karen Mizuta, e o diretor de Novos Negócios da instituição, Estevão Margotti de Carvalho.
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