Emirates News Agency
Abu Dhabi (Emirados Árabes) – A lei contra lavagem de dinheiro dos Emirados Unidos foi considerada modelo pela Organização das Nações Unidas (ONU). A organização diz que ela deveria ser adotada por outros países para contribuir com a luta contra um dos piores crimes de "colarinho branco."
De acordo com Michael A. DeFeo, consultor do braço de prevenção ao terrorismo da ONU, baseado em Viena, as ações legislativas dos Emirados Árabes Unidos são importantes. "Um relatório dos Estados Unidos (sobre a lei do país árabe) foi bastante positivo. Ele disse que as leis dos Emirados Árabes Unidos eram bastante claras, penalizando depósitos e transferências de fundos de origens ilícitas," disse DeFeo ao jornal árabe Khaleej Times.
O consultor acrescentou que os Emirados eram pioneiros em alterações em sistemas de transferência de dinheiro, e continuou dizendo que o G-8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo, Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Japão, Itália, e Canadá, além da Rússia) considera o país um modelo a ser seguido.
Afeganistão
Em workshop do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Afeganistão foi encorajado a adotar a mesma lei contra lavagem de dinheiro. "Quando examinamos a lei, vimos que resolvia quase todos os problemas que estavam que preocupavam delegados afegãos. Ela penaliza depósitos feitos para disfarçar origens ilegais, inclui crimes previstos em convenções internacionais, dá ao Banco Central o direito a congelar fundos temporariamente, prevê relatórios sobre transferências suspeitas, e também a implementação de regulamentação," explicou.
A lei está sendo analisada no Afeganistão, onde também vem sendo elogiada por ter sido escrita por um centro financeiro islâmico. "Esta lei foi preparada por um país islâmico, tendo, portanto, qualidades que modelos feitos pela ONU ou pela Europa jamais poderiam ter para a região", declarou um oficial da ONU. Este representante da ONU espera que o modelo dos Emirados ajude a trazer outros países da região aos mesmos níveis de excelência dos Emirados.
O presidente do Banco Central dos Emirados, Sultan bin Nasser Al Suwaidi, declarou à imprensa que o país fez de tudo para lutar contra a lavagem de dinheiro e, com isso, contribuiu para os esforços da comunidade internacional de lutar contra o terrorismo.
O executivo disse que os Emirados estavam seguindo o trabalho internacional contra o terrorismo, e que estavam cooperado com autoridades internacionais e regionais neste sentido. "Os Emirados têm seguido todas as resoluções do Conselho de Segurança, e o Banco Central ordenou que as instituições financeiras rastreiem e congelem contas, depósitos, ou investimentos em nome de líderes ou organizações terroristas, ou de pessoas que ajudaram a terroristas," prosseguiu Suwaidi.