São Paulo – O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o Clube de Regatas do Flamengo e o Comitê Supremo para Entregas e Legado do Governo do Catar promoveram na manhã desta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro, o evento “Futebol para o Desenvolvimento”. O encontro (foto acima) reuniu jovens de comunidades e lendas do futebol para apresentar projetos de educação e empoderamento da juventude por meio do esporte.
Os ex-jogadores e técnicos brasileiros Evaristo de Macedo (que já foi técnico do Catar), Jorge Luis Andrade, e o sérvio Bora Milutinovic estavam entre os convidados. A programação contou com atividades lúdicas no gramado das instalações do Flamengo, na zona sul do Rio, tendo o esporte como fio condutor para inspirar jovens de comunidades e bairros vulneráveis da capital fluminense, como a favela do Vidigal, Cidade de Deus e Campo Grande.
Cerca de 40 jovens, meninos e meninas, participaram do encontro que divulgou dois projetos sobre esporte e desenvolvimento. O programa Generation Amazing, uma iniciativa criada em 2010 pelo Catar, durante sua candidatura para sediar a Copa do Mundo da FIFA de 2022, é um projeto que usa o poder do esporte para impactar positivamente os jovens e criar desenvolvimento social sustentável nas comunidades selecionadas.
“Este é um dos principais projetos sociais do Catar no mundo até a Copa de 2022”, afirmou o coordenador do UNODC no Brasil, Nivio Nascimento. O programa de futebol já beneficiou mais de 250 mil pessoas em sete países do Oriente Médio e Ásia: Catar, Nepal, Paquistão, Jordânia, Líbano, Filipinas e Índia. Até 2022, o objetivo é alcançar 1 milhão de jovens.
O segundo projeto é o programa global de prevenção da criminalidade entre jovens “Vamos Nessa”, que se baseia no poder do esporte como ferramenta para a promoção da paz. A estratégia foi lançada pelo UNODC em 2016 para apoiar a implementação da Declaração de Doha. O projeto promove atividades esportivas para aumentar a resiliência de jovens em situação de vulnerabilidade, visando fortalecer habilidades da juventude para a vida como forma de reduzir fatores de risco e ampliar a proteção em relação ao crime, à violência e ao uso de drogas.
Desde 2016, cerca de 1.200 meninos e meninas, entre 13 e 17 anos de idade, das cidades do Rio de Janeiro e de Brasília, foram beneficiados pela iniciativa, que capacitou 114 treinadores e professores para implementar a metodologia em seus ambientes esportivos.
O Brasil foi pioneiro global na implementação das sessões de treinamento do programa “Vamos Nessa”, que conta com o apoio financeiro do Catar e hoje está presente em mais de dez países, como África do Sul, Quirguistão, Palestina, Peru, Colômbia, República Dominicana e Gana. “A relação entre o Brasil e o Catar tem toda uma história no esporte, muitos brasileiros já foram jogadores e técnicos no país árabe”, disse Nascimento. Segundo o coordenador, eventos como esse fazem parte do projeto da ONU e do Catar de apoiar o desenvolvimento social a partir de grandes eventos esportivos, trazendo empoderamento a comunidades marginalizadas e, por consequência, prevenindo a violência.