São Paulo – O Oriente Médio deverá apresentar a maior taxa de crescimento do mundo no número de passageiros de avião nos próximos vinte anos. Segundo relatório da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês), divulgado nesta quinta-feira (16), a taxa de crescimento anual no número de passageiros naquela região será de 4,9% até 2034, a maior do globo junto à da região Ásia-Pacífico, que deve avançar na mesma proporção.
O relatório da IATA prevê um incremento anual de 237 milhões de passageiros por ano voando a partir do Oriente Médio, para a região e também internamente. Emirados Árabes Unidos (5,6%), Catar (4,8%) e Arábia Saudita (4,6%) deverão ter os maiores crescimentos entre os países da região.
África e América Latina crescerão a uma taxa de 4,7% ao ano cada. De acordo com a IATA, o continente africano terá um aumento de 177 milhões de passageiros por ano até 2034.
Enquanto isso, os países da América Latina terão um incremento de 363 milhões de passageiros anualmente na comparação com os números de 2014. América do Norte (3,3%) e Europa (2,7%) terão crescimentos anuais menores.
O estudo da IATA também destaca a posição do Brasil, que deverá passar do 10º ao 5º lugar no número de passageiros, com um acréscimo de 170 milhões de pessoas por ano. Com isso, o país entra na lista de mercados com o crescimento mais rápido em número de passageiros adicionais, atrás da China, Estados Unidos, Índia e Indonésia.
Para o mundo, o relatório da associação prevê um crescimento médio anual de 4,1% no número de passageiros, que devem chegar a 7,3 bilhões em 2034. Este ano, a expectativa é que 3,3 bilhões de pessoas no mundo utilizem transporte aéreo.
“É empolgante a perspectiva de se pensar que nos próximos 20 anos mais que o dobro dos passageiros de hoje terão a chance de voar. Nesta escala, a conectividade aérea ajudará a transformar oportunidades econômicas para milhões de pessoas”, afirmou Tony Tyler, diretor-geral e CEO da IATA, segundo comunicado da associação.
“Atualmente, a aviação ajuda a sustentar 58 milhões de empregos e US$ 2,4 trilhões em atividade econômica. No período de 20 anos, podemos esperar que a aviação sustente 105 milhões de empregos e gere US$ 6 trilhões em PIB”, completou.


