São Paulo – O Oriente Médio foi mais uma vez o principal mercado do frango brasileiro no exterior. Foram exportadas 1,1 milhão de toneladas em 2008, um aumento de 13% em comparação com 2007. Os embarques para a região renderam US$ 1,9 bilhão, 46% a mais do que no ano anterior. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (13) pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef).
No total, o Brasil vendeu 3,6 milhões de toneladas de frango ao exterior em 2008, um aumento de 11% sobre 2007. O setor faturou US$ 6,9 bilhões com as exportações, um crescimento de 40%. De acordo com a Abef, o desempenho anual foi recorde, mas poderia ter sido ainda melhor se a crise internacional não tivesse recrudescido no segundo semestre.
Depois do Oriente Médio, a região que mais comprou o produto brasileiro foi a Ásia. Foram embarcadas 936 mil toneladas para o continente no ano passado, um aumento de 15% em comparação com 2007. As receitas com as vendas chegaram a US$ 1,9 bilhão, 62% a mais do que no ano anterior. A Abef destacou a abertura dos mercados da China e da Índia como um dos fatos mais positivos para o setor em 2008.
O terceiro maior destino foi a União Européia, para onde foram embarcadas 526 mil toneladas, uma redução de 6% sobre 2007. O faturamento com as vendas para a região foi de US$ 1,4 bilhão, um crescimento de 8% em comparação com o ano anterior.
O mercado que mais cresceu, e o quarto em termos absolutos, foi a América do Sul. Foram exportadas 329 mil toneladas para os países vizinhos, 90% a mais do que em 2007. As vendas renderam US$ 557 milhões, um crescimento de 157%.
Para a África, foram embarcadas 250 mil toneladas, uma queda de 4,5% em relação a 2007. O faturamento com as vendas para o continente foi de US$ 269 milhões, um aumento de 15%. Já a Rússia importou 159 mil toneladas, 18% a menos do que no ano anterior. A receitas com as exportações ao país somaram US$ 309 milhões, um crescimento de 3,6%.
A Abef diz que não há crise na demanda por alimentos, mas sim de liquidez em alguns mercados importantes. Nesse sentido, a entidade prevê um crescimento menor da quantidade exportada em 2009, em torno de 5%.
A associação acrescenta ainda que vai trabalhar forte na abertura de novos mercados durante o ano. Entre as prioridades estão México, Indonésia, Malásia, Jamaica, Filipinas, Senegal e Argélia.

