São Paulo – O Oriente Médio continua a ser o principal mercado do frango brasileiro no exterior. Segundo dados divulgados ontem (14) pela Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos (Abef), a região liderou a lista de compradores do Brasil no primeiro semestre tanto em volume como em receitas.
Foram embarcadas 559 mil toneladas de carne de franco ao mercado do Oriente Médio entre janeiro e junho, um aumento de 21% sobre o mesmo período de 2007. As receitas cresceram ainda mais (69%) e chegaram a US$ 969 milhões nos primeiros seis meses deste ano.
No total, o Brasil exportou 1,8 milhão de toneladas no semestre, 19% a mais do que no período de janeiro a junho de 2007. Os embarques renderam US$ 3,4 bilhões, um aumento de 58% frente aos seis primeiros meses do ano passado.
A Abef acredita que o desempenho no segundo semestre continuará positivo. No entanto, segundo a entidade, a rentabilidade do setor vem sendo comprimida pela valorização do real frente ao dólar e pelo aumento dos insumos utilizados na atividade.
A Ásia foi o segundo maior destino dos frangos brasileiros no semestre. As vendas para a região renderam US$ 850 milhões, um crescimento de 61% em comparação com o mesmo período de 2007. Foram embarcadas 454 mil toneladas, um aumento de 61%.
A União Européia foi o terceiro mercado, com importações no valor de US$ 764 milhões, 32% a mais do que no primeiro semestre do ano passado. Foram comercializadas 283 mil toneladas, um acréscimo de 4%.
Os demais países da América do Sul aparecem na quarta colocação com compras de US$ 242 milhões, um aumento de 155% sobre os primeiros seis meses de 2007. Foram exportadas 151 mil toneladas, um crescimento de 88%.
A África vem na quinta colocação. Os países do continente importaram 127 mil toneladas, 12% a mais do que no período de janeiro a junho do ano passado. As receitas chegaram a US$ 125 milhões, um aumento de 29%.
O sexto maior mercado foi a Rússia. Foram embarcadas 87 mil toneladas para lá, 2% a menos do que no mesmo período de 2007. As exportações renderam US$ 169 milhões, um acréscimo de 46%.
Em termos de valores, os cortes de frangos foram as mercadorias mais exportadas no semestre (US$ 1,8 bilhão), seguidos dos frangos inteiros (US$ 1 bilhão), das carnes de frango salgadas (US$ 336 milhões) e dos processados (US$ 249 milhões).

