São Paulo – O prazer de comer castanha de caju nasceu com ele. Uma predileção que fez o engenheiro agrônomo Paulo Rogério de Carvalho dedicar a vida ao alimento. E abrir, em 2002, em Pacajus, Ceará (a 50 quilômetros da capital, Fortaleza), a Caju Cardeal, empresa de produtos feitos a partir da matéria-prima que sai do cajueiro, como as própria amêndoas salgadas e torradas, biscoitos e pastas, entre outros itens. Daqui por diante, o crescimento da empresa passa pelas vendas externas, a serem iniciadas pela Espanha e pela Inglaterra, nos próximos meses. Além dos clientes europeus, dois árabes estão na mira como portas de entrada para o Oriente Médio: Emirados e Líbano.
De acordo com Carvalho, a Caju Cardeal faz parte do Programa de Extensão Industrial Exportadora (Peiex), apoiado, entre outras entidades, pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e pelo governo do Ceará. "Estamos prontos para exportar", diz o empreendedor. "E vamos começar logo, com contatos firmados com o suporte do programa na Espanha e na Inglaterra", afirma.
Foi a partir da orientação do Peiex que Carvalho decidiu que, na sequência, vai investir nos Emirados e no Líbano. "Sabemos que os Emirados têm comprado cada vez mais castanhas, assim como o Líbano", diz. "São dois clientes com muito potencial".
Hoje, a Caju Cardeal tem nas amêndoas torradas ou caramelizadas suas maiores vendas. Entre as apostas do que deve ganhar força nos próximos anos estão a pasta de castanha (nas versões tradicional e com chocolate), os biscoitos (espécies de cookies) e dois lançamentos previstos para esse ano: o doce crocante e a tortinha. " doce é a nossa versão do pé de moleque, só com a castanha no lugar do amendoim" explica Carvalho. "Já as tortinhas são biscoitos abertos com pasta de castanha", diz.
Os embaixadores do fruto do cajueiro em Pacajus beneficiam 250 toneladas do fruto por ano e, no Brasil, vendem principalmente para o Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina, além do próprio Ceará. "A noz do caju é uma das mais consumidas no mundo, temos muito espaço para crescer", explica Carvalho.
A história de amor do empreendedor com o alimento começou na faculdade. "Fui monitor do professor que pesquisava castanha", diz Carvalho. "E continuei pesquisando o assunto na pós-graduação". Os estudos na área renderam o convite para trabalhar, em Moçambique, para um grupo português que faz beneficiamento de castanha naquele país. "Fiquei sete anos na África", conta o empresário. "E foi depois dessa experiência que veio a ideia de investir no segmento abrindo o meu próprio negócio", diz.
Decisão tomada, o nome escolhido para a indústria também precisava reverenciar a amêndoa mais famosa do Brasil. "Os cardeais representam sempre a elite", afirma Carvalho. "Por isso somos Caju Cardeal", explica.
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