São Paulo – O país africano Moçambique vai produzir etanol a partir de cana-de-açúcar. A informação foi publicada na agência de notícias Panapress e, de acordo com o veículo de comunicação, o projeto de produção de etanol, que terá custo de US$ 280 milhões, foi aprovado na última semana pelo governo moçambicano.
A produção será levada adiante pela empresa Mozambique Principle Energy, com capital de Moçambique e Ilhas Maurício. O projeto prevê a plantação inicial de 18 mil hectares com cana-de-açúcar. A produção de etanol deve ficar em 213 milhões de litros em 2013 a partir de 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
O projeto será executado na província de Manica, no centro do país, no distrito de Sussundega, segundo notícia da Lusa – Agência de Notícias de Portugal. De acordo com a agência, o etanol será distribuído no mercado africano e em outras partes do mundo. A previsão é que sejam colhidos 120 toneladas de cana por hectare.
O projeto também prevê geração de energia. A Mozambique Principle Energy, segundo a Lusa, pretende construir uma usina hidrelétrica, no mesmo distrito, com capacidade para gerar 82,5 megawatts por ano. Cerca de 20% da energia deve ser utilizada na produção do etanol e o restante será vendido.
A água usada para levar o projeto de etanol adiante virá do rio Lucite. A empresa se comprometeu a levar benefícios para as comunidades que vivem na região, com a construção, por exemplo, de uma ponte sobre o rio Lucite e de outras infra-estruturas sociais, segundo a Panapress.
O governo de Moçambique espera que o projeto contribua com o Tesouro Nacional, com a geração de US$ 57 milhões de taxas em 2011, que deverá aumentar para US$ 119 milhões até 2012 e para US$ 114 milhões no ano seguinte. O projeto já conta com US$ 70 milhões em capital próprio e pretende conseguir mais US$ 90 milhões com oferta pública de ações. O restante virá de empréstimos bancários.
No ano passado, o governo de Moçambique aprovou um outro projeto de produção de etanol, denominado Procana, que envolve a plantação de 30 mil hectares de cana-de-açúcar ao sul do país. O investidor é a Central African Mining and Exploration Company (Camec), sediada em Londres, conhecida pela sua exploração de cobre e cobalto no Congo.

