Silwan Abbassi*
Brasília – O volume de investimentos em infra-estrutura para o turismo e transportes nos países do Oriente Médio e Norte da África deverá chegar a cerca de US$ 1 trilhão até 2020, de acordo com um estudo realizado conduzido pela empresa de consultoria Booz Allen Hamilton. A informação é do jornal árabe Al-Sharq.
Este valor, relativo a projetos planejados ou já em andamento, vai resultar, em 2020, em 200 novos hotéis, 100 mil novos quartos, expansão da capacidade aeroportuária para 300 milhões de passageiros e um aumento de até 150% no tamanho da frota de aeronaves da região.
A expectativa é de que esses investimentos vão ajudar a melhorar a posição da região no ranking de infra-estrutura para viagens e turismo. Os países árabes estão hoje mais ou menos no meio da lista, com os Emirados Árabes Unidos à frente, de acordo com o Índice de Competitividade em Viagem e Turismo 2007 do Fórum Econômico Mundial (FEM).
O Golfo Arábico em geral e os Emirados em particular se saem melhor do que o restante da região nesta seara. Ainda assim, os Emirados, que apresentam o melhor desempenho da região, estão apenas em 10° lugar no que diz respeito ao transporte aéreo. Em termos gerais, o país está na 19ª posição no ranking do FEM, à frente de países como Grécia, Irlanda, Barbados, Malásia e Itália. A Tunísia é o 34° e o Catar é o 36°. A Jordânia é a última colocada entre os países árabes: está em 46° lugar entre os 50 países com melhor infra-estrutura.
Todas as grandes redes hoteleiras têm investido de modo significativo na região. Novos quartos de hotel serão entregues nos Emirados Árabes Unidos, Egito e Arábia Saudita. No total, um aumento de 21,4% é esperado na quantidade de quartos de hotel no Oriente Médio e Norte da África entre 2006 e 2009.
"A infra-estrutura regional de viagem e turismo tem de superar desafios em investimentos, conectividade, qualidade de serviços e tecnologia, em face do desenvolvimento forte e veloz do setor de turismo", disse o vice-presidente da Booz Allen, Nabih Maroun, segundo o Al-Sharq. Ele afirmou que as parcerias entre os setores público e privado são uma maneira eficaz de enfrentar esses desafios.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

