Em 2022, a ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) quer o Brasil entre os dez maiores fabricantes de máquinas do mundo – o país hoje o 14º no ranking dos principais produtores de máquinas e equipamentos. Trata-se do audacioso projeto ABIMAQ 2022. Na década de 1970, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil crescia a taxas elevadas e o país era o quinto maior fabricante mundial de máquinas. A indústria nacional mostrava o seu poderio. Naquela época, o PIB industrial representava 45% do PIB brasileiro.
Nas décadas seguintes, o quadro mudou e o peso da indústria perdeu forças para outros segmentos. Mas a ABIMAQ quer virar a mesa e retornar aos números de 1970. E a conquista de novos mercados está entre as estratégias da entidade. Em 2008 e no início deste ano, passos importantes foram dados, como as viagens à Venezuela para trabalhar, principalmente, em dois segmentos: petróleo e agricultura e a missão ao Norte da África, organizada pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), para prospectar mercado.
Máquinas para petróleo e gás
No que diz respeito à Venezuela, uma parceria com a PDVSA (Petróleo da Venezuela S.A), para fornecimento de máquinas e equipamentos para a indústria petrolífera, está sendo amarrada. O presidente da ABIMAQ, Luiz Aubert Neto, e o presidente da PDVSA Industrial, Angel Nunes, já assinaram um documento oficializando a abertura de um escritório da companhia venezuelana na sede da entidade, em São Paulo. Os países árabes também estão no foco da ABIMAQ. Os representantes da entidade e empresários do setor, que participaram da missão ao Norte da África, em janeiro, disseram que há boas oportunidades de negócios naquela região.
Educar para crescer
Outro ponto importante do projeto 2022, é a educação, que deve ser prioridade nacional, tratando os seus gastos, tanto públicos como privados, como investimentos e não despesas, com tratamento fiscal e política de crédito privilegiados. A política de juros também não foi esquecida, assim como a aclamada reforma tributária.
Bharein segue firme
Projetos avaliados em mais de US$ 30 bilhões estão em andamento no Bahrein, apesar da crise internacional. De acordo com reportagem do jornal Khaleej Times, de Dubai, são empreendimentos nas áreas de imóveis, infraestrutura e outros setores. As informações citadas pelo diário constam de um levantamento lançado esta semana pelo ministro do Petróleo e Gás do país, Abdulhussain Mirza.
De acordo com o relatório, reformas econômicas e privatizações tornaram o pequeno reino um dos destinos preferidos dos investidores na região do Golfo. Segundo o editor da publicação, Sunny Kulathakal, citado pelo Khaleej Times, a diversificação da economia e a adoção de uma política econômica prudente ajudaram o país a enfrentar os efeitos da crise de uma forma mais eficiente.
O setor financeiro é especialmente forte no Bahrein, respondendo por 26% do PIB. Ao todo, de acordo com o jornal, 400 bancos e instituições financeiras internacionais estão instalados no país.
Investimentos na crise
Mesmo com a crise e com o preço do petróleo em baixa, os países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) deverão investir US$ 204 bilhões na indústria petrolífera este ano, de acordo com matéria do jornal Gulf News, também de Dubai. O bloco é formado por Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã.
Habitações no Iraque
Já no Iraque, o primeiro-ministro, Nouri Al-Maliki, anunciou que o governo local vai contratar em breve companhias internacionais para construir entre 100 mil e 200 mil unidades habitacionais no país. A informação foi publicada pelo jornal iraquiano Aswat Aliraq.
Segundo o primeiro-ministro, serão construídas cerca de 10 mil unidades em cada província com área de 100 metros quadrados cada. O preço de cada residência será de US$ 46 mil a serem pagos em cinco anos.
Poupança verde
A Acácia Mangiun, árvore de origem australiana, começa a se tornar a espécie favorita dos reflorestadores brasileiros, de grande e pequeno porte. Madeira considerada nobre, recupera áreas degradadas e é melífera o ano todo – o seu néctar está nas folhas. Em um hectare é possível plantar 2.500 árvores, no espaçamento inicial de dois metros por dois metros.
O primeiro corte (um terço das árvores) ocorre no quarto ano, o segundo, também de um terço, no oitavo, e o terceiro aos 12 anos, quando as cerca de 1.200 árvores adultas restantes (um metro cúbico cada) valerão, aos preços de hoje, R$ 1,8 milhão, ou o equivalente a uma renda anual de R$ 150 mil por hectare.
O sistema de manejo prevê o replantio a cada um dos três cortes (sempre haverá árvores em crescimento) para que seja possível vender crédito de carbono, hoje em torno de U$ 500 por hectare por ano. Isso sem falar na renda dos dois primeiros cortes e na exploração da apicultura.
*Colaborou Alexandre Rocha