São Paulo – O governo autorizou na última semana a Petrobras a importar gás natural liquefeito (GNL) por mais dois anos, renovando licença atualmente em vigor. O objetivo é atender a demanda brasileira “principalmente no atendimento ao segmento de geração termelétrica a gás natural”, de acordo com o Ministério das Minas e Energia. A estiagem no início deste ano fez baixar o nível dos reservatórios de hidrelétricas, levando ao acionamento de termelétricas para evitar desabastecimento.
O volume a ser importado é de 40 milhões de metros cúbicos, a serem entregues nos terminais marítimos da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, e de Pecém, no Ceará, onde há usinas de regaseificação. Segundo a Petrobras, a autorização reflete a capacidade máxima dos terminais. Para importação de petróleo, gás e derivados é necessária licença do governo.
A renovação da licença ocorre em um momento em que as importações de GNL estão em franca expansão. No ano passado, o País comprou no exterior o equivalente a US$ 1,55 bilhão, um aumento de 433% sobre 2011, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
A companhia não informa quais são seus fornecedores, mas em 2012 o país que mais vendeu GNL ao Brasil foi o Catar, com US$ 561 milhões, segundo o MDIC. A nação árabe foi a principal fornecedora também em 2011.
A empresa não informa também de quem pretende importar a partir de agora. A decisão do governo autoriza a estatal a comprar no mercado “spot”, ou seja, de curto prazo.

