São Paulo – O petróleo deverá garantir um crescimento de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) do Iraque em 2013, que chegará a US$ 233,3 bilhões. A renda per capita, que em 2012 foi de US$ 6.305, poderá ficar em US$ 6.708 neste ano. Mesmo assim, uma avaliação sobre o desempenho econômico divulgado na terça-feira (21) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) indica que o Iraque é muito dependente das receitas da exploração do petróleo e sugere que as autoridades locais se esforcem para diversificar as fontes de receitas do país.
O estudo do FMI observa que a renda per capita iraquiana cresceu de US$ 1.300 em 2004 para US$ 6.305 em 2012 devido à riqueza gerada pelo petróleo. O mesmo levantamento afirma que a produção da commodity, que era de 2,38 milhões de barris por dia em 2010, chegou a 3,3 milhões no ano passado e deverá atingir a produção média de 5,7 milhões em 2018. Esse crescimento depende de investimentos, de um ambiente mais seguro e da execução dos projetos de exploração de petróleo nos prazos determinados e sem atrasos.
Mesmo beneficiado pelas reservas de petróleo, o Iraque precisa diversificar a economia por meio de um ambiente de negócios que atraia investimentos privados. Precisa aperfeiçoar seu sistema fiscal, aumentar a segurança e fortalecer os bancos. O país também necessita investir em redes de assistência social à população carente.
O FMI recomenda que o país contenha os gastos por meio de menores subsídios ao setor de energia, diminuição das transferências de recursos para empresas públicas e da contratação de funcionários para trabalhar no setor público. O país deve combater crimes como o de lavagem de dinheiro e o financiamento ao terrorismo de acordo com regras já adotadas em outros países do Oriente Médio e do Norte da África.
“Os diretores (do FMI) destacaram a importância de um setor financeiro estável para desenvolver a iniciativa privada e diversificar a economia e foram surpreendidos pelos recentes progressos obtidos no fortalecimento da supervisão bancária e na reestruturação dos bancos Rasheed e Rafidain. Eles incentivaram as autoridades iraquianas a igualdade de condições aos bancos públicos e privados abrindo aos bancos particulares acesso aos negócios do governo”, afirmou o documento do FMI.


