Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro atingiu R$ 711 bilhões no primeiro semestre de 2003 e a capacidade de financiamento da economia nacional foi de R$ 1,1 bilhão no mesmo período, conforme divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Do total do PIB, R$ 632,4 bilhões representam o valor a preços básicos de produtos e serviços prestados no país e R$ 78,6 bilhões correspondem a impostos sobre produtos.
Entre os componentes da demanda, o que mais pesou na composição do PIB no período foi o Consumo das Famílias, que totalizou R$ 413,7 bilhões, seguido pelo Consumo do Governo, com R$ 126,1 bilhões e pela Formação Bruta de Capital Fixo, com R$ 131,4 bilhões.
A Balança de Bens e Serviços registrou superávit de R$ 23,8 bilhões e a Variação de Estoques foi de R$ 15,8 bilhões.
No segundo trimestre deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro somou R$ 366,7 bilhões, contra R$ 344,3 bilhões do primeiro trimestre. No entanto, houve uma queda de 1,6% na economia do país nos meses de abril, maio e junho em relação a janeiro, fevereiro e março, em função da correção monetária.
Na comparação com o segundo trimestre de 2002, a economia encolheu 1,4%. A capacidade de financiamento da economia ficou em R$ 745 milhões no período, o que para os técnicos do IBGE confirma a continuidade da trajetória de redução da necessidade financiamento do país, iniciada em 2002.
Setor externo
De acordo com o instituto, no segundo trimestre deste ano, o Brasil registrou o menor ingresso de investimento externo (R$ 4,6 bilhões) desde o primeiro trimestre de 1998.
Segundo o IBGE, neste ano, a maior contribuição para a geração da capacidade de financiamento veio do saldo externo de bens e serviços, que passou de um déficit de R$ 11,9 bilhões em 2001 para um superávit de R$ 27,9 bilhões em 2002, atingindo um saldo positivo de R$ 23,9 bilhões neste semestre.
O IBGE informou também que os recursos oriundos do Fundo Monetário Internacional (FMI) contribuíram para que o país apresentasse no segundo trimestre variação positiva de R$ 14,2 bilhões nos ativos de reservas. Sem os recursos do FMI, o aumento das reservas teria sido de R$ 1,7 bilhão no período.