Silwan Abbassi*
Brasília – De acordo com relatório publicado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a Arábia Saudita, este ano a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país deverá ser de 4,1%, superando as expectativas do governo saudita. Ainda segundo o FMI, a taxa de inflação no país árabe deve ficar em torno de 3% em 2007. As informações foram publicadas pelo jornal árabe Al Hayat.
De acordo com o relatório, o país árabe deve crescer 4,1% este ano, apesar da redução na produção de petróleo para 9,1 milhões de barris por dia. A taxa de crescimento dos setores não-petrolíferos no país deve ficar em 6,6%.
O FMI também prevê uma redução na dívida pública saudita, que deverá corresponder a 21,7% do PIB do país, e um pequeno aumento na taxa de inflação, que deve ficar em 3%. Um relatório referente ao terceiro trimestre de 2007, publicado pelo British Saudi Bank (SAAB), estima a taxa de inflação para o ano corrente em 3,6% e em 5,8% para 2008.
O relatório do FMI ressalta a relevância das reformas estruturais realizadas pelo governo saudita a partir da década de 1990, que impulsionaram o crescimento do setor petrolífero, que teve uma expansão de 20% desde o ano 2000, e contribuíram para o aumento dos investimentos externos no país, que subiram de US$ 200 milhões ao ano 2000 para US$ 18,3 bilhões em 2006.
O relatório do Fundo cita os esforços do governo saudita para estabilizar o mercado do petróleo. O governo criou um programa de investimentos no valor de US$ 80 bilhões, já em andamento, para aumentar a capacidade de produção de petróleo do país para 12,5 milhões de barris por dia até o final de 2009. De acordo com as projeções do FMI, o investimento total em energia dos setores público e privado deve somar US$ 220 bilhões entre 2007 e 2012.
O relatório destaca também que a expansão do setor não-petrolífero saudita deve contribuir para a diversificação das fontes de renda do país.
Com relação ao projeto de unificação monetária do Golfo Arábico até 2010, o relatório afirma que há obstáculos cada vez maiores à meta, e que as próximas etapas devem ser concluídas mais rapidamente. O Fundo pede que se intensifiquem os esforços para chegar a um consenso sobre a criação de uma moeda única para os países da região.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

