São Paulo – Segundo o diretor geral da Câmara de Comércio e Indústria de Dubai (DCCI), Hamad Buamim, o Produto Interno Bruto (PIB) de Dubai cresceu 168% entre os anos de 2000 e 2006, média anual de 17,9%, segundo noticiado pelo jornal Gulf News de Dubai.
Entretanto, segundo Buamim, a taxa de crescimento do emirado deve cair para 6% em 2009 devido à crise financeira mundial, apesar da previsão de que os países do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) – bloco econômico que inclui Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Omã – sejam menos afetados pela crise econômica mundial.
Segundo o executivo, o país que mais contribui para a economia do emirado é o setor da construção civil. Em 2007, dados mais recentes publicados pela organização, o setor teve participação de 8% na economia de Dubai, com investimentos de US$ 7 bilhões.
O volume de investimentos fixos no emirado cresceu de US$ 33 bilhões em 2006 para US$ 39,3 bilhões em 2007. A relação entre capital investido e PIB do emirado foi de 20,7% em 2007, acrescentou o presidente da DCCI.
Entre os anos de 2000 e 2006, o crescimento do PIB do setor de construção foi de 325%, e os aportes em grandes projetos de construção até 2010 devem alcançar outros US$ 100 bilhões.
Dívida
Segundo o jornal de negócios econômico Dubai Business 24/7, de Dubai, os ativos do emirado atualmente são estimados em US$ 350 bilhões, e investimentos do emirado continuam focados principalmente em desenvolvimento de projetos de infraestrutura.
Segundo o jornal, empresas ligadas ao governo têm atualmente dívidas de cerca de US$ 80 bilhões, mas este montante pode ser administrado. Segundo Sanjay Uppal, diretor financeiro do banco Emirates NBD, "Emirates [empresa aérea], Nakheel [incorporadora imobiliária], Dubal [do setor de alumínio] e até mesmo o Emirates NBD são empresas com boa performance corporativa e com grande fluxo de capitais. Elas continuarão crescendo e ganhando força", declarou o executivo.
Para Mohamed Ali Alabbar, presidente do conselho administrativo do governo de Dubai, "apesar do endividamento do emirado, o governo de Dubai acumulou saldo orçamentários e de conta corrente correspondentes a cerca de 20% do PIB do emirado nos últimos cinco anos. Estes superávits garantem ao governo um colchão financeiro adequado", declarou ele. Segundo Alabbar, o emirado não vai colocar à venda seus ativos para pagar suas obrigações.
*Tradução de Mark Ament

