São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) do Marrocos teve um crescimento de 7% no primeiro trimestre deste ano, contra 3% no mesmo período do ano passado. A melhora ocorreu graças à recuperação do setor agrícola. As informações foram divulgadas pelo site da emissora Aljazeera, sediada no Catar.
Segundo o Alto Comitê de Planejamento do país árabe, a área agrícola teve um crescimento de 9,5% nos três primeiros meses de 2008, após contração de 18,7% no primeiro trimestre do ano passado.
Os setores não-agrícolas da economia marroquina registraram expansão de 6,5% no primeiro trimestre de 2008. No mesmo período do ano passado, a taxa registrada foi de 5,7%, de acordo com a agência de notícias Maghreb Arabe Presse (MAP).
A indústria de mineração do Marrocos cresceu 11,7% no primeiro trimestre de 2007; no mesmo período em 2008, houve expansão de 2,6%. Já a indústria petrolífera do país cresceu 23,4% entre janeiro e março de 2008, contra 25,3% nos três primeiros meses do ano passado.
O setor manufatureiro registrou crescimento de 5,3% no trimestre. As indústrias de construção e obras públicas tiveram expansão de 10,3%, contra 11,2% no mesmo período do ano passado. O setor de vendas cresceu 5,1% nos três primeiros meses de 2008, contra 2% no mesmo período de 2007.
Os setores de informação e tecnologia da comunicação registraram expansão de 11% no trimestre. O setor financeiro, que representou 5,9% do PIB do Marrocos em 2007, teve aumento de 20,2% no primeiro trimestre deste ano; em 2007 o setor havia crescido 16,2%, ainda segundo a MAP.
O Alto Comitê de Planejamento informou também que o crescimento da indústria (5,3%) e do setor financeiro (20,2%) colaborou com o aumento da PIB no primeiro trimestre deste ano. O governo prevê expansão de 6% da economia em 2008, de acordo com o site da Aljazeera.
De acordo com os números oficiais, o setor agrícola colabora com 20% do PIB marroquino, oferecendo metade das oportunidades de emprego num país cuja população ativa é de 11 milhões de pessoas.
Vale lembrar que a seca provocou no ano passado uma queda na produção de grãos para 2 milhões de toneladas, contra 8,5 milhões de toneladas no ano anterior. A previsão para este ano é de 5 milhões de toneladas.
*Tradução de Saleh Haidar e Gabriel Pomerancblum

