São Paulo – Autoridades da Saudi Standards, Metrology and Quality Organization (Saso), principal órgão de regulamentação de exportações para a Arábia Saudita, participaram de workshop virtual com empresários brasileiros do setor de cerâmicas e revestimentos interessados em vender ao mercado saudita. O evento foi promovido pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira em parceria com a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos (Anfacer). Na foto acima, cerâmica brasileira em exibição na feira Revestir.
Três representantes sauditas da Saso falaram sobre os regulamentos e plataformas. Khaled Alfaiti falou sobre a plataforma Quality Mark. “A Saudi Quality Mark (SQM) indica que a empresa tem um sistema de gestão eficaz que garante a conformidade do produto com os regulamentos, procedimento de concessão do produto e padrões sauditas”, disse.
Segundo Alfaiti, as vantagens de se obter o SQM são melhoria contínua e desenvolvimento, orientação ao consumidor sobre produtos que estejam dentro das normas, facilidade de entrada do produto nos portos e alfândegas e crescimento nas vendas. O registro é feito gratuitamente e vale por três anos. São necessários diversos documentos para o cadastro. Para saber mais, Alfaiti divulgou o site da Saso.
Mohammed Alotaibi falou sobre o programa de segurança de produtos (Product Safety Program). O objetivo do programa de segurança de produtos é proteger a segurança e a saúde pública, abordando e prevenindo os riscos decorrentes da introdução de produtos inseguros no país, sejam produzidos localmente ou importados. Com isso, eles protegem a indústria nacional e apoiam a economia interna, melhorando a qualidade da infraestrutura e mantendo a segurança e a saúde dos consumidores e do meio ambiente. O mercado saudita, segundo Alotaibi, importa 90% de seus produtos e conta com 25 mil importadores registrados.
Abdullah Alsmair falou sobre a plataforma Saber, um serviço digital integrado que permite que os empresários registrem os dados de suas empresas e produtos no sistema, se o produto foi fabricado localmente ou importado, para obter os certificados de conformidade exigidos para produtos no país. A plataforma tem por objetivo melhorar a experiência de importação e a obtenção de certificados, garantir a segurança dos produtos disponíveis no mercado e contribuir para melhorar a posição da Arábia Saudita no comércio transfronteiriço. Para saber mais sobre a plataforma Saber, Alsmair informou o e-mail ecare@saber.sa e o Twitter da Saber.
“Os produtos brasileiros são mais do que bem-vindos no mercado saudita, estamos sempre em busca de cooperação”, disse Alsmair.
Essa foi a primeira de uma série de ações que a Câmara Árabe pretende fazer com a Saso para orientar empresas brasileiras sobre o mercado saudita. O workshop “Regulamentação técnica de exportação de produtos do setor de cerâmica e revestimento para a Arábia Saudita” foi mediado pela gerente de Relações Institucionais da Câmara Árabe, Fernanda Baltazar.
“Espero que esse seja o primeiro de muitos eventos que ajudem a colocar os produtos brasileiros de diversos setores na Arábia Saudita, que é o mais importante parceiro comercial do Brasil entre os 22 países árabes. O programa Visão 2030 traz muitas oportunidades para o setor de construção e esse tipo de evento pode ajudar a tirar dúvidas”, disse o secretário-geral da Câmara Árabe, Tamer Mansour. “Que esse seja o início de uma parceria próspera entre o Brasil e a Arábia Saudita nesse setor”, completou Maurício Borges, CEO da Anfacer, que representou a entidade no evento.
“Estamos entusiasmados para trabalhar com as empresas de cerâmica do Brasil e dar uma visão geral das plataformas que temos para esclarecer e facilitar os negócios para a entrada de produtos brasileiros no mercado saudita”, disse Saad Alhatem, diretor geral da Saso, que também estava no workshop.