Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Petrobras inicia hoje (31) em Itaboraí as obras de terraplanagem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), o maior empreendimento industrial das últimas décadas no país e um dos maiores do mundo no setor. Os investimentos iniciais são de US$ 8,4 bilhões.
O complexo vai gerar mais de 200 mil empregos diretos e indiretos e processará petróleo pesado proveniente da Bacia de Campos, no norte fluminense, para produzir matéria-prima petroquímica e derivados.
O empreendimento contará com a participação de sócios privados, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o grupo Ultra. Terá capacidade para processar até 150 mil barris/dia de petróleo pesado, utilizando para isso uma Unidade de Produção de Petroquímicos Básicos (UPB) e seis unidades petroquímicas de segunda geração.
Estão incluídos no empreendimento o Centro de Integração de São Gonçalo (município da área metropolitana do Rio), uma base logística também em São Gonçalo e o duto de fornecimento de petróleo.
Com custo aproximado de R$ 820 milhões, as obras de terraplanagem devem movimentar 45 milhões de metros cúbicos de terra. A primeira fase de obras deve se estender até o fim do primeiro semestre de 2009, gerando mais de 2 mil empregos diretos.
O pólo, segundo a Petrobras, modificará a estrutura da petroquímica brasileira e reduzirá a dependência do setor externo por insumos básicos. Em sua primeira fase, serão produzidos apenas os itens de primeira geração (óleo diesel, eteno, propeno, benzeno, paraxileno e butadieno). Na segunda fase, entrarão os produtos de segunda geração, como o polietileno, polipropileno, PET, PTA, etilenoglicol e estireno, em sua maioria produtos voltados para a indústria do setor de plástico.
A primeira unidade a ser implantada no Comperj será a Unidade Petroquímica Básica (central petroquímica de primeira geração), com investimentos totais estimados em US$ 3,5 bilhões, destinados à produção de matérias-primas básicas (eteno, propeno, benzeno e paraxileno) e outros derivados de petróleo.
Ela se destinará a compor o núcleo para o desenvolvimento de um grande parque industrial, reunindo uma central de utilidades e empresas de produtos de segunda geração como polietileno, estireno, polipropileno, paraxilenos e etileno-glicol.
A partir de uma carga de 150 mil barris/dia de petróleo produzido pela estatal na Bacia de Campos, o Complexo Petroquímico deverá gerar anualmente 1,3 milhão de toneladas de eteno, 900 mil toneladas de propeno, 360 mil toneladas de benzeno e 700 mil toneladas de para-xileno, além de derivados de petróleo, principalmente coque.

