São Paulo – O Porto de Santos bateu recorde de movimentação de cargas no primeiro semestre. O principal complexo portuário do Brasil movimentou 64,5 milhões de toneladas, um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado o recorde anterior. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (26) pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), administradora do local.
Em junho, isoladamente, porém, o volume de operações ficou abaixo do registrado no mesmo mês de 2017. Houve um recuo de 1,7%, para 10,8 milhões de toneladas. Segundo a Codesp, ainda houve reflexo da greve do setor de transporte rodoviário de cargas realizada no final de maio e início de junho.
No acumulado de janeiro a junho, os embarques de cargas cresceram 4,1% sobre os seis primeiros meses do ano passado, ao passo que os desembarques avançaram 9,6% na mesma comparação. O desempenho reflete o comportamento da balança comercial brasileira este ano, com as importações crescendo mais do que as exportações.
A participação do Porto de Santos na balança comercial do País ficou em 27,7% no primeiro semestre, com uma movimentação equivalente a US$ 54,1 bilhões. O complexo paulista respondeu por 26,7% das exportações brasileiras, ou US$ 30,2 bilhões, e por 29,2% das importações, com US$ 23,9 bilhões.
De acordo com a Codesp, os produtos em destaque nos embarques no Porto de Santos no primeiro semestre, em termos de crescimento, foram milho, celulose e sucos cítricos. A companhia ressaltou ainda o forte desempenho do complexo soja (grãos, farelo e óleo). Nos desembarques, os itens que mais cresceram foram fosfato de cálcio, soda cáustica e amônia.
Contêineres
A movimentação de contêineres superou 2 milhões de TEUs (unidade que equivale a um contêiner de 20 pés) nos seis primeiros meses do ano, um aumento de 11,8% sobre o mesmo período de 2017.
Os principais destinos das mercadorias exportadas via Porto de Santos foram a China, Estados Unidos e Argentina. Em termos absolutos, os produtos do complexo soja, petróleo bruto e açúcar foram as principais mercadorias embarcadas.
Na outra mão, China, Estados Unidos e Alemanha foram as principais origens dos itens importados, com destaque para óleo diesel, caixas de marcha, e outras partes e acessórios para automóveis.