São Paulo – Apesar da pandemia de covid-19, a movimentação de cargas nos portos do Brasil cresceu 4,2% no ano passado sobre 2019 e ficou em 1,15 bilhão de toneladas, de acordo com dados divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) nesta semana em seu anuário estatístico.
Os dados incluem a movimentação em portos públicos e privados. Os públicos responderam por 34% dos volumes e os privados ficaram com 66%. Do total de cargas que passaram pelos portos do Brasil, a maioria, ou 775,5 milhões de toneladas, foi embarque, ou seja, exportação. Os desembarques foram 377,2 milhões de toneladas, importações.
O Terminal de Ponta da Madeira, que é privado, fica no estado do Maranhão e pertence à mineradora Vale, foi quem registrou maior movimento entre os portos e terminais do Brasil. O segundo com maior movimento foi o Porto de Santos, que é público e fica no litoral de São Paulo, seguido do Terminal de Angra dos Reis, que é público, mas está arrendado à iniciativa privada. Ele fica no estado do Rio de Janeiro e movimenta óleos brutos de petróleo.
O minério de ferro foi a carga de destaque para o setor portuário em 2020. No total, foram movimentadas 356 milhões de toneladas. Em seguida veio o petróleo e derivados, com 262 milhões de toneladas. Na terceira posição ficaram os contêineres, na quarta a soja, na quinta os cereais e na sexta os fertilizantes. Ainda estão na lista das mercadorias de maior movimentação cereais, açúcar, pasta de madeira, ferro e produtos químicos inorgânicos.