São Paulo – Um levantamento mostra que os custos do frete marítimo para produtos importados pelo Brasil recuaram no final do ano passado. Pesquisa realizada pela fintech especializada em importação Vixtra aponta que após o transporte por mar representar 7,4% do valor do produto importado pelo País entre 2019 e 2023, ele caiu para 4,7% em novembro do ano passado. Em dezembro houve alta, para 5,3%, devido a questões geopolíticas.
Em material divulgado, a Vixtra afirma que a pesquisa se baseou em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. A empresa relata que os preços dos fretes recuaram em 2023 após grandes altas no período pandêmico, mas os ataques no Mar Vermelho resultaram em novo aumento no custo marítimo em dezembro. Os ataques contra navios comerciais demandam despesas para redirecionamento das rotas.
Movimento similar, de alta seguida de queda no ano passado, houve em todas as modalidades de frete: aéreo, marítimo e rodoviário. Levando em conta as três áreas, o custo médio do transporte correspondia a 3,8% do valor do produto importado em 2019, passando para 4,7% em 2020 e chegando a 6,9% em 2021. No ano seguinte, 2022, foi registrado o pico de 7,1%. Após isso os valores começaram a cair. No ano passado ficaram em 4,9%.
O co-CEO da Vixtra, Leonardo Baltieri, disse, no material divulgado, que houve estabilização das condições logísticas após o desafio de anos anteriores, com melhorias na capacidade de transporte, otimização nas operações portuárias e queda na concentração das demandas. Segundo ele, isso se traduz em redução dos custos finais dos produtos.
Aéreo
No caso do frete aéreo, em 2019 ele representava 4,5% do preço do produto importado pelo Brasil por essa via, em 2020 ficou 6,6%, em 2021 em 8,6%, em 2022 em 8,2% e em 2023 ficou em 5%.
Marítimo
O frete marítimo representava 3,7% do produto importado pelos brasileiros em 2019, subiu para 4,4% em 2020, para 6,9% em 2021, para 7,2% em 2022, caindo para 5% em 2023.
Rodoviário
Já o percentual que representava o frete rodoviário para os importados do Brasil era de 3,5% em 2019, ficou no mesmo valor em 2020, caiu para 2,8% em 2021, teve leva aumento de 2,9% em 2022 e ficou em 3% em 2023 por causa da alta do diesel.