São Paulo – A primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva, ou Janja, falou sobre educação e guerra durante evento do Dia Internacional para Proteger a Educação contra Ataques (IDPEA, na sigla em inglês), promovido pela Fundação Education Above All (EAA), em Doha, no Catar. O encontro teve a presença de chefes de estado, profissionais de alto nível e representantes das Nações Unidas.
No encontro, que teve como tema “Educação em perigo: o custo humano da guerra”, Janja destacou como a guerra e a violência urbana, com suas operações policiais, impactam a vida escolar e o funcionamento das escolas. O evento foi liderado pela Sheikha Moza bint Nasser, presidente da Fundação EAA, com quem a primeira-dama esteve reunida no domingo e com que falou também sobre o direito à educação.
“Vivemos hoje um cenário de expansão e aprofundamento de conflitos armados, espalhados por diversas regiões do mundo, com características distintas, mas com algo em comum: é a população mais vulnerável quem sofre mais. A guerra deixou de ser um confronto entre soldados para se tornar uma atrocidade que tem nos civis as suas maiores vítimas, principalmente mulheres e crianças”, falou Janja no painel.
Janja disse que sendo esses conflitos internacionais ou não, eles criam barreiras para o acesso à educação. “A situação das meninas é ainda mais dramática. Muitas delas são levadas a abandonar os estudos pelo risco da violência sexual”, disse para o público do evento. Em suas redes sociais, Janja escreveu que, no mundo todo, nos últimos 10 anos, ocorreram mais de 15 mil ataques a escolas, professores e estudantes.
Janja no Catar
Entre as demais atividades de Janja no Catar, ela conheceu a escola “First Assalam”, que recebe crianças refugiadas de locais como Gaza, Sudão, Síria, Afeganistão e Iêmen. A primeira-dama também visitou a Education City, que reúne institutos de educação, pesquisa e inovação no Catar, e se disse animada com o potencial da cooperação entre Brasil e Catar em educação e desenvolvimento profissional. Nas redes sociais, Janja agradeceu Sheikha Moza pela recepção, acolhimento e disse ter se sentido honrada por ter sido a única primeira-dama de fora do Oriente Médio, Ásia e África convidada para o evento.
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