São Paulo – Uma loja virtual de produtos alusivos ao Líbano foi lançada no começo deste mês. Chamado de “Eu amo o Líbano”, o portal comercializa roupas, acessórios, livros, doces e joalheria, todos com alguma referência ao país árabe, como suas receitas e marcas, seus símbolos, palavras ou frases no idioma local. O vinho libanês Château Kefraya está entre os produtos. A loja virtual é uma iniciativa dos empresários brasileiros Luciano Aschkar, do ramo de turismo, e Gabriel Maluf Jacob, publicitário.
Aschkar conta que abrir a loja era um projeto antigo, mas que com a pandemia do coronavírus e a paralisação do turismo, ele e Maluf encontraram tempo para viabilizá-lo. Os dois levam adiante a agência de viagens Líbano Tour, que organiza excursões ao país árabe. A empresa tinha saída para o Líbano prevista para este mês, mas ela foi adiada para depois da pandemia.
O empresário conta que a ideia do projeto veio da experiência com as viagens de turistas do Brasil ao Líbano. “Ao lá chegarem, eram ávidos por qualquer produto que fizesse alusão ao Líbano, decorrente do sentimento de amor forte que os descendentes nutrem pelo Líbano”, diz Aschkar. Ele vê como principais potenciais clientes esses descendentes de libaneses, mas acredita que os não descendentes, que gostam do Líbano por sua importância histórica e cultural, também serão consumidores.
Aschkar afirma que já nos primeiros dias do e-commerce no ar, eles perceberam uma demanda maior do que a prevista. “Três dias após a inauguração já tivemos que aumentar a equipe de colaboradores para atender com eficiência”, diz. Cerca de 100 mil pessoas, seguidores das comunidades virtuais “Eu Amo o Líbano” e “Líbano Brasil”, orquestradas por Aschkar e Maluf, são clientes potenciais.
A maior parte dos produtos é feita no Brasil, caso das roupas e acessórios e dos doces, da marca Alyah Sweets. O vinho Château Kefraya é de uma vinícola libanesa. Entre as joias é possível encontrar pingentes e anéis em prata com a figura do cedro, que é árvore símbolo do Líbano, e correntes com pingente de ouro no qual vai o nome da pessoa escrito em árabe. Entre as roupas estão moletons com a frase “Eu Amo o Líbano” e camisetas onde está escrito um cumprimento com palavras em árabe, inglês e francês juntas, como os libaneses costumam usar.
Para se proteger do coronavírus, o site vende máscaras de tecido com a figura do cedro e as cores da bandeira libanesa. Luciano Aschkar conta que em breve a loja comercializará também uma linha de produtos de decoração e perfumaria do Oriente Médio. “Não necessariamente do Líbano, mas com estilo árabe”, informa ele. Já há abas prontas no portal também para vender trajes típicos, e estão em comercialização cursos no idioma árabe libanês e pacotes de viagens, com preços sob consulta.
Inicialmente o portal fará entregas no Brasil. “Mas também sentimos que o mercado desse tipo de produtos é potencial em alguns países da América do Sul, notadamente Argentina e Paraguai, que têm grande número de descendentes”, afirma Aschkar. Ele conta que há vontade de expansão para além das fronteiras, mas como demandaria um investimento grande, vai ficar para mais adiante.
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