São Paulo – Representantes de sete micro e pequenas empresas do Amazonas participaram na semana passada de um workshop promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), em parceria com a trading ALM Brazil International Exportadora e Importadora, para ajudar a exportar seus produtos para os Emirados Árabes Unidos. São todas fabricantes de cosméticos e alimentos típicos da região, que, segundo a Fieam, geram bastante interesse entre os árabes.
“Há dois anos embaixadores árabes estiveram em Manaus e demonstraram interesse nos produtos da Amazônia”, contou Marcelo Lima, gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fieam, nesta quinta-feira (09). A missão com os embaixadores citada pelo executivo contou com o apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
Após a missão, no entanto, poucas conversas avançaram, segundo Lima. Ele diz que as empresas são, em sua maioria, de pequeno porte, e não possuem o conhecimento para vender fora do País. Por isso o apoio da trading ALM Brazil, com sede no Rio de Janeiro (RJ), pode ajudar a facilitar – e até acelerar – a presença dos produtos amazônicos nos Emirados.
“Nós buscamos capacitar as empresas para exportar, mas é um processo que leva tempo. A trading tem interesse em levar os produtos para os Emirados Árabes, conhece aquele mercado, conhece as empresas amazônicas, e poderá ajudar nesse primeiro passo, até que essas empresas consigam andar com suas próprias pernas”, explicou o gerente.
A ALM Brazil montará até o fim de março um showroom permanente de produtos amazônicos em um hotel em Dubai. Nele ficarão expostos produtos das empresas que participaram do workshop – fabricantes de cosméticos, polpas de frutas, castanhas, bombons e doces de frutas típicas da região, como açaí e cupuaçu. “A ideia é promover isso tudo entre os árabes. A trading comprará os produtos e fará todo o trâmite de exportação nesse primeiro momento, respeitando as marcas das empresas, para ajudar a tornar os produtos conhecidos”, disse Lima.
Com o tempo outros showrooms serão abertos e, caso os negócios avancem, as empresas entrarão em contato com importadores locais para que façam, elas mesmas, suas exportações.
“Essa parceria [com a ALM Brazil] é uma forma de viabilizar a entrada delas no mercado externo”, disse Lima, acrescentando que a trading carioca já é parceira da Fieam há alguns anos em outros segmentos. “Nesse período de crise, buscar fontes alternativas é essencial para a continuidade dos negócios”, concluiu.