Cairo – O Brasil concluiu sua participação na Feira Internacional do Cairo, que terminou nesta sexta-feira (27), no Egito, com balanço positivo. "O balanço de nossa presença neste evento é positivo. Isto porque nossos objetivos, enquanto Câmara de Comércio foram todos alcançados” afirmou o assistente de comércio exterior da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Hans Lazarte Lima.
"Nosso principal interesse era divulgar e promover a marca ‘Brasil’ e fazer com que as empresas do Egito e do mundo árabe, cujos representantes estiveram na mostra, conhecessem melhor o nosso potencial e os produtos que possuímos para serem comercializados", disse Lima.
De acordo com ele, a metas foram alcançadas, já que foi possível mostrar não somente para a classe empresarial, mas para o público em geral, que o Brasil tem muito a oferecer em produtos, não somente ao Egito, mas para os mercados de países de toda a região.
O que mais lchamou a atenção do assistente de comércio exterior foi o fato de que pouco a pouco os empresários árabes têm uma idéia mais clara e precisa de tudo o que o Brasil tem para oferecer em exportação. Ele notou estar ocorrendo uma mudança gradual na percepção dos empresários a respeito das empresas brasileiras.
"Elas tradicionalmente buscavam informações sobre como importar, sobretudo carne bovina ou enlatada. Hoje em dia as empresas egípcias estão olhando para o Brasil como fonte de fornecimento de produtos em absolutamente todas as áreas", diz Lima.
Os egípcios estão, segundo ele, pedindo informações para suprir demandas imediatas. "Normalmente pensamos que o trabalho com os árabes é a longo prazo. Mas notei, que contrariamente a isso, a maioria das empresas que atendemos querem tudo para agora mesmo, para já”, afirma Lima.
Isto se explica, de acordo com o representante da Câmara Árabe, porque os empresários, especialmente os egípcios, que já estão em contato com outros países fornecedores, estão tentando diversificar suas fontes de importação. A intenção deles é obter o melhor em qualidade e preços.
"Existe visivelmente, aqui no Egito, uma demanda imensa de produtos de todos os setores. Este país importa 80% dos produtos comercializados neste mercado, que tem uma capacidade de absorção impressionante. E por isso, seus empresários estão continuamente em busca de novos fornecedores", diz.
Para ilustrar, Lima cita o exemplo de um empresário egípcio habituado a importar produtos da Índia e da Malásia, que esteve no estande brasileiro. "Quando ele viu produtos e catálogos brasileiros que estão expostos aqui no estande ficou admirado pois não tinha idéia da qualidade dos produtos brasileiros. Imediatamente ele me disse que quer ir ao Brasil e até pediu informações sobre passagens e hotéis", conclui Lima.