São Paulo – O Projeto Halal do Brasil está formando um comitê de trabalho. Em reunião na manhã desta quinta-feira (16), na sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, representantes de certificadoras halal do País foram convidados a participar do grupo. O projeto é levado adiante pela Câmara Árabe e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
O Comitê Halal tem como objetivo contribuir para o aumento do número de empresas brasileiras habilitadas a exportar para o mercado global halal; contribuir para a posicionamento do Brasil como fornecedor referência para o mercado halal e promover o conhecimento sobre o mercado global halal.
Serão atribuições do comitê subsidiar a Câmara Árabe com informações técnicas sobre o halal e processos de certificação; articular o relacionamento com agentes internacionais relacionados à certificação; debater e compartilhar informações sobre o mercado halal, desafios, tendências e oportunidades, garantindo a veracidade das informações; compartilhar conteúdos técnicos e realizar treinamentos, entre outras.
O comitê terá reuniões mensais no primeiro semestre, e bimestrais após esse período. As reuniões periódicas servirão para debater temas relevantes sobre o mercado halal no mundo, considerando aspectos religiosos e técnicos, certificação, rastreabilidade e mercado consumidor.
Outros membros do comitê são a equipe da Câmara Árabe e membros consultivos, como a equipe da ApexBrasil que faz a gestão do Projeto Halal do Brasil, a H2R Pesquisas Avançadas e a Academia Halal. Nas reuniões do comitê também serão admitidas participações de parceiros convidados, sem direito a voto, que possam fazer contribuições relevantes para os assuntos em pauta. A participação é voluntária. Na ocasião, os interessados em participar foram convidados a assinar um termo de adesão ao comitê.
O Projeto Halal do Brasil, com duração de 30 meses, até 2025, investirá R$ 15,4 milhões para inserir 500 empresas no mercado halal. O objetivo principal é fomentar a entrada de companhias brasileiras produtoras de alimentos com valor agregado em países com consumidores de halal. O projeto vai arcar com 50% do valor da primeira habilitação de 50 empresas.
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O projeto tem previstas três ações regionais, em abril, junho e agosto deste ano, e dois treinamentos, em maio e agosto, com informações sobre adequações para a obtenção da habilitação halal. Na frente de promoção comercial, haverá três missões comerciais, na África do Sul, Indonésia e Egito; além da participação em seis feiras internacionais, a Gulfood em Dubai, a Mihas na Malásia, a Anuga na Alemanha, a Sial Jacarta, na Indonésia, a Saudi Halal Expo, na Arábia Saudita, e a Food Africa, no Egito.
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Participaram da reunião presencial Ali Zoghbi, representando a Fambras Halal; Ahmad Saifi e Jessica Biadola, da Cdial Halal; Moussa Nassar, da ISEG; Asad Ali, da Alimentos Halal Brasil; Nagib Sleiman, da Halal Approval; Delduque Martins, da Academia Halal e dois representantes da FIB Halal.
Da Câmara Árabe, estavam o secretário-geral, Tamer Mansour, a diretora de Marketing e Conteúdo, Silvana Gomes, a diretora de Relações Institucionais, Fernanda Baltazar, o diretor de Novos Negócios, Guilherme Fedozzi; o assessor de Projetos Estratégicos, Estevão Carvalho, e a gerente do Projeto Halal do Brasil, Fernanda Dantas. Participou também Rubens Hannun, ex-presidente da Câmara Árabe e CEO da H2R Pesquisas Avançadas. Da ApexBrasil, participaram de forma virtual Deborah Rossoni, Antonio Lopes e Rita Albuquerque.